segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Elegância do Comportamento


Recebi este texto do jurista e escritor João Francisco Rogowski, integrante, como eu, de um grupo de confrades que, através de e-mails, trocam ideias, opiniões e artigos sempre muito significativos, sobre assuntos que interessam a todos, que despertam discussão e que pedem reflexão.
O conteúdo compartilhado fala do poder do comportamento.
Gosto muito desse tipo de leitura.
Aqui no Blog já tratei sobre a importância das atitudes, das palavras e da responsabilidade pelos nossos atos.
De vez em quando é preciso parar e pensar um pouco nesses fios que costuram a vida e influenciam no relacionamento entre as pessoas e o mundo.


Elegância do Comportamento

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada!
Possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas  pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber  uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante, você  fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer...
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais, não pedir dinheiro emprestado aos amigos e honrar os compromissos assumidos.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
"É elegante o silêncio, diante de uma rejeição... "
Sobrenome, joias e nariz empinado não substituem a elegância do Gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
É elegante a gentileza, atitudes gentis falam mais que  mil imagens...
...Abrir a porta para alguém...é muito elegante (Será q  ainda existem homens assim?)... 
...Dar o lugar para alguém sentar...  muito elegante...
...Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado  para a alma...
...Oferecer ajuda...é muito elegante...
...Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante...
Pode-se tentar  capturar esta delicadeza natural pela observação, mas
é improdutivo tentar imitá-la. 


A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licençazinha para o nosso lado brucutu, que  acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras".
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe: não é frescura.







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