terça-feira, 29 de abril de 2014

Trajetória militar homenageada


Na tarde desta terça feira, aconteceu no Plenário Ana Terra, o ato solene de entrega do Troféu Câmara Municipal ao General do Exército Carlos Bolivar Goellner, que foi uma proposição de minha autoria.
O regimento interno do legislativo porto-alegrense permite a cada parlamentar a indicação de um só nome para receber o troféu durante o mandato de vereador, de quatro anos.
Frente a esta escolha que viria, logo apontei que a minha homenagem ficaria em torno de uma personalidade do Exército.
Pela minha ligação e admiração pela família verde oliva, escolhi o nome do General Goellner, homenageando assim uma trajetória que baseou-se nos princípios da ética e da moralidade, que serviu às causas do Exército Brasileiro, e, assim, ao estado do Rio Grande do Sul e ao município de Porto Alegre, onde esteve a frente do Comando Militar do Sul. Goellner deixou o posto na segunda-feira, 28, quando passou o comando ao General Antônio Hamilton Mourão, o que marcou também sua ida para a reserva.
A cerimônia foi muito prestigiada por autoridades políticas, jurídicas e militares, como o novo comandante Mourão, oficiais, praças e colegas vereadores.
Tivemos a presença da banda de música do 3º Batalhão de Polícia do Exército, regida pelo Tenente Meireles, na execução dos hinos. O vereador progressista Kevin Krieger presidiu a mesa.
Depois que me pronunciei, os vereadores João Carlos Nedel e Valter Nagelstein usaram da palavra.
Em seguida, o homenageado recebeu o troféu e o diploma das minhas mãos e das mãos do vereador Kevin, fazendo seu discurso de agradecimento.
Lembrando os feitos do seu passado que estavam sendo revistos ali, ele agradeceu então como soldado e como comandante que foi, e como cidadão que é, a distinção vinda da casa do povo porto-alegrense.

As autoridades militares recebidas pelos vereadores progressistas. Da esquerda para a direita: vereador João Carlos Nedel, general Carlos Bolivar Goellner, general Antônio Hamilton
Mourão e vereador Kevin Krieger


No Plenário Ana Terra antes do início do ato solene. Momento em que apresentei o general e sua esposa, Mafalda, ao vereador Kevin Krieger. No centro, o general Mourão

Com o general Goellner e coronel Cantagalo ao fundo, conversando com o Assessor Militar do Tribunal de Contas do Estado, Luis Olavo Vinícius de Lara

Mesa das autoridades, presidida pelo vereador e presidente do PP de Porto Alegre,
Kevin Krieger...

...e público presente, escutando o Hino Nacional tocado ao vivo...

...pela banda de música do 3º Batalhão de Polícia do Exército

Momento do meu pronunciamento

Troféu e Diploma concedidos

Com o General Bolivar Goellner

Pronunciamento do homenageado

Junto à esposa Mafalda


Registrando a presença do coronel Sérgio Renk, ex-presidente executivo do GBOEX

E de Edson Goulart, general, ex-secretário de Segurança do Estado
















segunda-feira, 28 de abril de 2014

O casamento de um grande amigo do meu filho


Neste sábado, fui ao casamento de um amigo de infância do meu filho Felipe, o  Beto, como é carinhosamente chamado pela sua família e pelos seus amigos.
O Felipe e o Beto cresceram juntos, estudaram no mesmo colégio e jogaram futebol pelo mesmo time. Eles faziam parte da Seleção do Israelita e participavam de campeonatos em Porto Alegre e fora também. O primeiro longe de casa era uma Macabíada* no Rio de Janeiro.
Eles queriam muito ir, sonhavam com isso e faziam planos porque era a chance de participar da Copa das escolas judaicas do Brasil. Então, consegui levar a turma, que além deles, contava com outros dois colegas, o Mauricio  e o Geraldo.  Eles adoraram! Passavam os dias na Hebraica jogando. Eu ficava acompanhando e no entardecer recolhia os quatro para o hotel a bem de descansarem.
Bastante  treinos, disciplina, concentração e garra resultaram em  várias  vitórias.  Ficou para a história do colégio Israelita de Porto Alegre o dia em que eles conquistaram para o colégio, o título de campeão. Eu senti uma alegria muito grande em participar desse momento deles e me lembro até hoje daquelas carinhas cansadas e realizadas.  
Foi assim que nasceu e se desenvolveu a amizade e parceria dessa dupla, unida pelo compromisso de defender a sua escola.  
O Felipe e o Beto têm em comum no mínimo três características preciosas: lealdade, simplicidade e a generosidade.  
Agora eles são adultos. O Felipe namorando a Duda e o Beto a Catarina, hoje sua esposa. Duas criaturas maravilhosas essas meninas! É de se agradecer esses namoros tão saudáveis e tão bonitos.
No ano passado, o Beto ficou noivo e convidou o Felipe para ser seu padrinho. Era o vínculo da amizade deles se perpetuando.
Quando vi o Beto entrar na cerimonia de braço com a sua mãe Nara, a felicidade dela e do Nelson, o pai, e no cortejo de padrinhos, o Felipe, não preciso nem dizer que não segurei a emoção.
A cerimônia teve aspectos das diferentes religiões dos noivos, a católica, da Catarina e a judaica, do Beto. A avó da noiva, fez a sua benção afetiva, assim como fez um representante da comunidade judaica. 
Os pais e irmãos do noivo leram uma mensagem sobre relacionamento e casamento e, por fim, Maurício, um dos irmãos, foi o responsável pelo tradicional ritual da quebra do copo, que, entre seus vários significados, está a simbologia de que, da mesma forma que o copo não pode ser emendado, o casamento marca e muda os noivos para sempre. Após o gesto, como de costume, todos gritaram voz alta "Mazal Tov", uma expressão hebraica de parabéns e boa sorte.
Depois, seguiu uma belíssima festa, tudo realizado no espaço NTX, maravilhosamente decorado.
Compartilho algumas fotos da ocasião:

A entrada da noiva com seu pai
Crédito Foto: Deu o Chic

O noivo, Beto, com sua mãe, Nara
Crédito Foto: Deu o Chic

Os pais do noivo felizes com a realização
Crédito Foto: Deu o Chic 

O casal Duda e Felipe

Com minha amiga de toda vida, Tanara Régia Bier Moreira

A decoração e iluminação do espaço

Bela foto reunindo as famílias Costa e Sirotsky
Crédito Foto: Deu o Chic

Os querido noivos Catarina e Beto 
Crédito Foto: Deu o Chic







* O Maccabiah é um dos cinco maiores eventos esportivos em todo o mundoEm português, Macabíadas. Evento multiesportivo criado primariamente para atletas judaicos. É realizado pela União Mundial Macabi a cada quatro anos, em Israel, tal como os Jogos Olímpicos. Tem a sancão do Comitê Olímpico Internacional e da Federação Esportiva Internacional. As Macabíadas Nacionais são organizadas pela Confederação Brasileira Macabi.











domingo, 27 de abril de 2014

Cheias de entusiasmo!


Nesta maravilhosa foto estão comigo: Venilda Diehl, a deputada estadual Silvana Covatti, "Tia" Lia Seelig, Elaine Ames, da MP de caxias do Sul, a nossa senadora Ana Amélia Lemos e a vice-presidente da MP/RS, Isabel Nardes

Esta imagem, de mulheres progressistas cheias de energia e entusiasmo, traduz o quanto somos fortes e produtivas na atuação dentro do partido e na busca do melhor para o nosso Rio Grande do Sul.
A mulher hoje está presente e atuante em todas as esferas da sociedade, sendo peça fundamental, e muitas vezes, principal, na gestão e na chefia das famílias, no mercado de trabalho, e cada vez mais, na política.
Um exemplo disso é o nosso Partido Progressista, onde temos uma senadora, prefeitas, vice-prefeitas, uma deputada estadual, vereadoras e muitas lideranças.
Para manter uma constante troca de ideias, informações, aprendizados, anseios, dividir estratégias e expectativas, a nossa organização dentro do partido, a “Mulher Progressista”, promove encontros periódicos que mantêm a chama produtiva e solidária acesa entre nós, sempre agregando, valorizando e conquistando novas filiadas.
A política precisa cada vez mais da força de trabalho, da habilidade e do talento femininos.
Para isso acontecer as mulheres precisam sair dos bastidores e tomar a frente. Caminhar firmes para ficar lado a lado com os homens, ter as mesmas oportunidades de defender suas posições, de discutir os direitos do povo, de ocupar tribunas, de candidatar-se para cargos eletivos, onde poderão manifestar suas opiniões, defender suas causas e, assim, buscar melhorias para o desenvolvimento social do nosso estado.
As mulheres gaúchas progressistas estão no rumo certo, cada vez mais entusiasmadas, mobilizadas e participativas! 



Crédito da foto: Guga Stefanello




sábado, 26 de abril de 2014

A minha semana

Compartilhando como foi a semana de agendas e compromissos políticos que tive na Câmara Municipal, no Palácio Piratini e participando de programas de TV e rádio.



Representando a Câmara Municipal na outorga da Ordem do Ponche Verde conferida pelo Governo do Estado ao General do Exército Carlos Bolivar Goellner, Comandante Militar do Sul. 
A solenidade ocorreu na Sala dos Espelhos do Palácio Piratini


No Diretório Estadual do Partido Progressista para uma visita e uma boa conversa com o presidente 
estadual Celso Bernardi


Reunião da Cuthab - Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação com a pauta que levei da regularização de uma área na Avenida Juca Batista, zona sul de POA. Com o vereador Paulinho Motorista, de boina, e representantes daquela comunidade, Jair Dias e Lauri



Participação semanal no Jornal da Pampa, como os colegas comentaristas Jarbas Lima, Karla Krieger, a âncora Magda Beatriz, Farid Germano Filho e Carlos Appel


Movimentação de plenário. Mostrando o requerimento aprovado da vereadora Fernanda Melchionna, de Moção de Solidariedade à jornalista Nana Queiroz, organizadora do protesto digital "Não Mereço ser estuprada", que foi ameaçada de violência sexual

Ato Solene de outorga do Diploma de Honra ao Mérito ao Jornal da Noite. Na foto com o editor, redator e proprietário do jornal, jornalista Danilo Ucha, sua esposa, e vereadores Delegado Cleiton, Nereu D'Ávila, proponente da homenagem, e João Carlos Nedel



Com o homenageado por seu Jornal da Noite, Danilo Ucha
Foto: Arfio Mazzei

Na gravação do programa "Câmara Entrevista" para a TV Câmara sobre a Lei das máscaras. 
Com o Coronel Riccardi Guimarães, que convidei para dividir o tema comigo e a 
apresentadora Luciana Rey



Lado a lado no plenário, sempre dividindo espaço e ideias com meu parceiro progressista Guilherme Socias Villela 

Visita no plenário da ex-vereadora, hoje secretária Municipal do Trabalho 
e Emprego, Luiza Neves

 No estúdio da Rádio AMORB FM, a rádio comunitária do bairro Rubem Berta, convidada pelo comunicador Dorneles para participar do 'Comunidade em Foco'. Foram 2h45min. de programa com interação direta dos moradores da região









sexta-feira, 25 de abril de 2014

Feliz Aniversário, Celso Bernardi!


Hoje é aniversário do Celso Bernardi e quero parabenizar este meu amigo querido de longa data, uma pessoa que quero muito bem e que na liderança dos progressistas, como presidente do partido, congrega a todos na luta por um Rio Grande melhor!


Esta foto foi tirada esta semana, quando estive na sede do partido conversando e
trocando ideias com Celso Bernardi










Crédito foto: Guga Stefanello




quinta-feira, 24 de abril de 2014

A mais alta honraria


Estive no Palácio Piratini representando a Câmara Municipal na outorga da Ordem do Ponche Verde ao General de Exército Carlos Bolivar Goellner, Comandante Militar do Sul, que ocorreu na Sala dos Espelhos, na ala residencial. 
Esta é a mais alta honraria conferida pelo Governo do Estado, e como admiradora e parceira da família verde-oliva gaúcha, fiquei muito feliz e orgulhosa de estar presente e participar desta solenidade importante na trajetória do comandante.
O general está em um momento de muitas homenagens, pois ao final deste abril ele encerra seu período a frente do comando, pois se aposentará.
Sempre que vou ao Palácio, fico feliz em rever os funcionários do quadro que conheço, quando cumprimento e sou cumprimentada com carinho por todos. 
Entre eles, o meu querido Aristides Germani, chefe do cerimonial do Palácio Piratini há muitos anos, um profissional competentíssimo e impecável em tudo que faz. Como é bom a gente ser recebida num lugar onde as pessoas nos querem bem.
Assim também foi a recepção do Governador Tarso Genro, que fez questão de me abraçar e dizer que eu sou sempre muito bem-vinda no palácio do governo.
Compartilho algumas fotos do evento:

General Bolivar Goelner recebendo a condecoração pelas mãos do Governador Tarso Genro


Autoridades convidadas escutando o discurso de agradecimento do General


Muitos oficiais do Exército prestigiando a solenidade

Dando o meu afetuoso cumprimento ao General e a sua esposa Mafalda

Recepção com abraços e sorrisos do Governador 

Com Aristides Germani, um "gentleman"









Boa convivência!


Quero contar hoje aqui no Blog, algo que faz parte do dia a dia da Câmara, e da política em geral, mas que muitas vezes as pessoas não veem ou não tem conhecimento.
Estou falando do bom relacionamento que existe entre colegas parlamentares de diferentes siglas e ideologias políticas.
Isso se dá naturalmente nos “bastidores”, nas entrelinhas, pelos corredores ou naquela hora do cafezinho, em momentos que antecedem as sessões plenárias ou as grandes decisões de plenário.
Mas, isso acontece porque há afinidades e aí, trocas positivas e construtivas vão se fazendo, mesmo entre pessoas de partidos em oposição.
Tenho no colega Mauro Pinheiro, do PT, um exemplo dessa amizade e boa convivência que se estabelece na vida política. Mauro é um político correto, comprometido, que trata todos de forma respeitosa, tem uma conduta tranquila e por isso nos damos muito bem.

 
Registro ao lado do vereador Mauro Pinheiro, feito no Plenário Otávio Rocha da Câmara
Municipal de Porto Alegre, antes do início da sessão desta quarta-feira









Votação nominal


Compartilho a notícia publicada no Jornal do Comércio de hoje que enfoca o projeto que protocolei na Câmara referente a uma alteração necessária no Regimento Interno da Casa para o melhor andamento das votações em plenário.














quarta-feira, 23 de abril de 2014

Obrigada por tudo, Seu Araújo!




Quero compartilhar  com os leitores do meu blog, que hoje recebemos a triste notícia do falecimento do "seu Araújo", querido funcionário da Câmara de Porto Alegre.
Por isso, com sentimento de pesar, relembro a postagem que fiz em 28 de julho do ano passado, dedicada a ele, e assim homenageio esta figura conhecida e peculiar, que tanto atendeu os vereadores no plenário, através da função que exercia, e que já deixa saudades:


Não sei o que seria dos vereadores no plenário se não fosse o cafezinho, a água e o carinho que recebemos do seu Araújo.
Funcionário da Câmara há quinze anos, ele é responsável por levar o “combustível” a cada um de nós, que passamos a tarde nas sessões plenárias, às vezes entrando noite a dentro.
Ah! E ainda recebo mimos especiais, pois ele chega me oferecendo café com canela!
Além do trabalho operacional, percebo que ele tem uma sensibilidade especial de saber a hora de atender cada vereador.
Esta semana, a sessão de quarta-feira foi difícil e eu tive um episódio que me deixou surpresa e triste, em função da votação de um projeto meu, que foi adiada.
De repente, surge o seu Araújo me dizendo baixinho: "Um café docinho vai lhe fazer bem."
É muito bom contar com gente dedicada assim no dia a dia, por vezes tenso, da política.


Recebendo água e cafezinho das mãos do "seu Araújo"






Reverenciando o Livro


Hoje é o Dia Mundial do Livro!
Estabelecida pela Unesco em 1996, a data homenageia dois gênios da  literatura que faleceram no mesmo 23 de abril de 1616: Miguel de  Cervantes e William Shakespeare.
Como leitora assídua, como jornalista, vereadora e ex-secretária da Cultura do Rio Grande do Sul, faço questão de chamar atenção para esse instrumento de formação e transmissão de conhecimento tão antigo e necessário a todos, que é o livro.
O acesso a esse bem precioso deveria ser mais democrático, começando por seu preço ao consumidor no mercado, que na minha opinião, é muito alto aqui no Brasil. 
O livro deveria estar nas mãos de todas as crianças, nas prateleiras de todas as casas, em quantidade nas escolas, para que o seu poder de despertar a criatividade, o imaginário e a reflexão, fosse diário e permanente.
Acredito que para conquistarmos uma sociedade com mais educação e qualidade de vida, é preciso que sejam alcançadas ferramentas para seu desenvolvimento social e cultural e os livros, e consequentemente o hábito da leitura, estão entre elas.
Mesmo com as novas tecnologias e “ameaças” de fazer o livro migrar para o mundo eletrônico, para mim nada vai substituir o cheirinho do papel, a contemplação de uma bela capa, a relação que cada pessoa estabelece com seu exemplar, os lugares onde gosta de ler e guardar seus livros.
Livro é algo tão especial e íntimo que muitos sequer gostam de emprestar! 
O importante é que escritores, editores, revisores, tradutores, ilustradores, livreiros e leitores fazem sobreviver este objeto cultural milenar que hoje é lembrado com muito carinho e devoção em um dia alusivo de abrangência mundial.


Foto: David R.












terça-feira, 22 de abril de 2014

E para o Brasil, nada?


A importante notícia está em toda mídia falada, escrita e eletrônica brasileira: "O governo brasileiro planeja financiar superporto no Uruguai".
Desde que saiu, tenho acompanhado de perto, ouvido atentamente e tentado entender e acho no mínimo um absurdo.
Há quem diga este tipo de parceria é normal e que a concorrência faz parte do capitalismo. Mas eu não consigo entender. 
Lembrando que temos importantes portos na Região Sul próximos desse futuro porto uruguaio, como Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS).
O valor dos recursos divulgados de cerca de US$ 1 bilhão do BNDES, mais recursos do Orçamento, é de grande vulto, e se existem deveriam ser aplicados nas principais necessidades do povo brasileiro.
A senadora Ana Amélia Lemos, vem já há um mês utilizando a tribuna do Senado Federal e as redes sociais onde atua de forma intensa, colocando a sua posição quanto a possibilidade do governo brasileiro investir na construção de um superporto em outro país.
Inclusive ontem, a senadora me telefonou. Ficamos um bom tempo conversando e um dos principais assuntos foi este, ao qual ela está se dedicando de corpo e alma. 
Ainda bem que temos em Brasília alguém comprometido como Ana Amélia, sempre vigilante pelo justo e bom uso dos recursos públicos e pelas causas mais necessárias e urgentes da população brasileira e gaúcha. 
A senadora fez uma postagem em sua página no Facebook, compartilhando notícia que foi publicada no jornal O Globo do último domingo e que quero repercutir aqui no Blog para que o leitor entenda bem o polêmico caso:




Apoio a superporto no Uruguai pode tirar cargas de terminais brasileiros

  • Brasil apoia projeto de terminal que pode contar com recursos do BNDES e de fundo do Mercosul
RIO E BRASÍLIA — O Brasil está em vias de entrar em uma polêmica no Mercosul ao apoiar um superporto no Uruguai que poderá roubar cargasdos terminais brasileiros. O apoio brasileiro, repetindo um financiamento a Cuba, deve ser forte: cerca de US$ 1 bilhão do BNDES, recursos do Orçamento, via Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), e conhecimento técnico, segundo fontes que acompanham a negociação. As conversas entre Brasil e Uruguai para a construção de um porto de águas profundas estão a pleno valor. Maior oferta de frequências marítimas, fretes mais baratos, tempo de deslocamento menor e, principalmente, possibilidade de alcance do mercado asiático pelo Estreito de Magalhães (na extremo sul do continente), em condições de concorrência com o Canal do Panamá, atraem o Brasil. Operadores portuários brasileiros, no entanto, temem uma concorrência com um porto mais moderno, mais capacitado e menos burocrático (e caro) que os nacionais, principalmente no Sul do Brasil.
O empreendimento será construído em Rocha, cidade a 288 quilômetros de Rio Grande (RS), onde está um dos mais importantes portos brasileiros. O projeto uruguaio, segundo os estudos atuais, é ousado: calado (profundidade) de 20 metros, que permite a atracação de navios com capacidade para até 180 mil toneladas. Os portos do Sul do Brasil têm, no máximo, 14 metros de calado e recebem navios com capacidade de até 78 mil toneladas. O porto uruguaio pode sugar cargas da região, afetando Sul e Centro-Oeste do Brasil, Paraguai, Bolívia e Norte e Centro da Argentina.
Caso o empreendimento de fato saia do papel, poderá contar não só comrecursos do BNDES e do Focem, como do Programa de Financiamento às Exportações (Proex), que prevê, por exemplo, subsídios para tornar a taxa de juros compatível com as do mercado internacional.
Do tamanho de Paranaguá e Rio Grande juntos
Como os navios no mundo são cada vez maiores, para ganho de escala, o porto deve se consolidar como parte das grandes rotas intercontinentais, deixando os terminais brasileiros de fora. O próprio governo uruguaio publica em sua página na internet algumas estimativas sobre o novo porto, que em 2025 deve movimentar 87,5 milhões de toneladas, mais do que a soma dos terminais de Paranaguá (no Paraná, com 44,7 milhões de toneladas em 2013) e de Rio Grande (com 33,2 milhões de toneladas em 2013) juntos. O preço será competitivo no porto uruguaio. Nas rotas para China, Japão e Sudeste Asiático, a tonelada transportada pode ficar entre US$ 12,50 e US$ 22,50 mais barata, enquanto para a Europa a redução de custos pode chegar a US$ 3,50 por tonelada.
A polêmica portuária já existe entre Uruguai e Argentina, que dividem o Rio da Prata, onde estão os principais portos dos dois países. Uruguaios acusam os argentinos de dificultarem os planos de dragagem para os portos do país de Mujica, que seriam mais eficientes que os da terra de Cristina Kirchner. O novo porto de Rocha, contudo, ficará em mar aberto, sem a necessidade de envolvimento com a Argentina para resolver questões do uso comum das águas da Bacia do Prata. O Paraguai, sem mar, exporta 90% de sua soja pela Argentina, mas já está fechando um acordo com o Uruguai. E, agora, o Brasil entra no circuito.
— Este é um projeto quase secreto, não temos informações. No Brasil, o governo não coloca dinheiro nos portos, o setor está travado, mas o governo estuda apoiar um porto no país vizinho que, sem a burocracia brasileira, tende a ser mais competitivo que nossos portos. Vemos empresários com temor de investir em terminais sem saber o que será este projeto — disse Nelson Carlini, presidente do Conselho de Administração da LOGZ Logística Brasil, que investe num terminal em Santa Catarina.
Wilen Manteli, presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), afirma que o problema não é o Brasil apoiar um porto do Uruguai, mas a falta de investimentos aqui no país e uma estrutura legal e burocrática que impede que os terminais nacionais sejam competitivos internacionalmente. Ele disse que a secretaria de Portos confirmou que está apoiando tecnicamente os uruguaios.
O BNDES afirma que o projeto não chegou à instituição, mas fontes revelam que há tratativas e que o banco apoiaria o projeto. O financiamento não seria à obra do país vizinho, mas se enquadraria na rubrica de exportações de serviços brasileiros, caso uma empreiteira verde-amarela faça as obras de Rocha, como é esperado. É o mesmo modelo do adotado pelo banco para financiar em US$ 685 milhões o porto de Mariel, em Cuba, reformado pela Odebrecht. Caso se confirme o valor de apoio ao projeto estimado por fontes — US$ 1 bilhão — o financiamento seria equivalente ao liberado pelo BNDES ao setor portuário no Brasil em 2012, quando chegou a R$ 2,4 bilhões. Em 2014, o segmento deverá receber mais R$ 1,8 bilhão do banco.
‘Não há transparência’
O governo do Uruguai não comentou o assunto, pois as autoridades não estavam disponíveis nas últimas quarta e quinta-feiras. A Semana Santa é ampliada no país vizinho e representa o maior feriado anual. Ainda assim, a área de comunicação do governo confirma o projeto, que está em fase de estudos. Não se sabe se ele seria licitado ou feito por meio de parceria público-privada (PPP). Estudos preliminares indicam, por exemplo, que parte dos minérios que deverão ser explorados em Mato Grosso do Sul e na Bolívia passarão pelo local.
A senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP) afirma que o porto uruguaio prejudicará o Brasil:
— Não podemos financiar e apoiar um porto no Uruguai quando não se aplicam recursos no Brasil. E sabemos muito pouco sobre o que realmente está ocorrendo, não há transparência.
De outro lado, Juan Carlos Muñoz, diretor do Centro de Armadores Fluviais e Marítimos do Paraguai (CAFYM), afirma que seu país tem interesse especial no empreendimento:
— Já estamos conversando com produtores brasileiros, de Mato Grosso do Sul, que poderão também exportar por lá, utilizando nossa rede fluvial — disse ele, que espera comprar produtos brasileiros, como ferro e aço, a partir de Rocha.
Uruguai já recebe informações técnicas
A fase atual é de conversas. O governo brasileiro se colocou à disposição para cooperar na estruturação financeira e técnica do projeto, que está em fase de elaboração. Os uruguaios já se beneficiam com informações técnicas relacionadas à confecção do projeto em contatos com a Secretaria de Portos.
— Nossa visão é que o porto deve contribuir para a infraestrutura final, criando sinergia com os demais portos sul-americanos — disse uma fonte do governo brasileiro envolvida nas discussões.
Uma das primeiras iniciativas tomadas foi recomendar ao governo uruguaio a realização de estudo sobre complementaridade entre o novo porto e os terminais já existentes. O estudo será concluído ainda neste ano, segundo fontes envolvidas no assunto. Segundo uma fonte, alguns aspectos ainda precisam ser definidos, como a dimensão do porto, a estrutura jurídica e a logística de acesso ao local. Esta fonte afirmou que é prematuro fazer considerações sobre custos e prazos referentes à obra, localizada numa das regiões menos habitadas do Uruguai e onde há perspectiva de exploração de minério de ferro e de aumento na produção de grãos.
O projeto do porto faz parte da agenda de alto nível entre Brasil e Uruguai, criada em 2012 pelos presidentes Dilma Rousseff e José Mujica. Foi instituído um grupo encarregado de impulsionar a integração física entre os dois países, com ações nas vertentes rodoviária, ferroviária e hidroviária.
A presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, disse não ser contra a construção de um porto fora do Brasil, desde que beneficie o escoamento da safra agrícola.
— Para o exportador, onde houver porto bom, está ótimo. O que sabemos é que os investimentos são altos, mas não estamos vendo o tamanho da carga — diz Kátia Abreu, lembrando que o Uruguai é o único país que não faz parte do acordo de navegação marítima do Mercosul e não tem acordo bilateral com o Brasil para a divisão de cargas.

 http://oglobo.globo.com/economia/apoio-superporto-no-uruguai-pode-tirar-cargas-de-terminais-brasileiros-12247958#ixzz2zZiBHV4L