domingo, 31 de julho de 2011

Mensagem de Ângela Fachinello


Querida Mônica,

Ao ler o seu último post, sobre o aniversário de Quintana, me emocionei. Pois esse anjo-poeta marcou a minha vida. E hoje, havia me lembrado com saudade do seu aniversário.
Em 2006, participei dos Jogos Literários Mario Quintana, promovido pelo Governo do Estado.
Foi uma experiência ímpar na minha vida! Conhecer a vida e a obra do nosso querido poeta, foi maravilhoso! Tio Mario, como chamávamos, é muito especial para nós que participamos daquele concurso cultural.
Nos dedicamos muito, e conquistamos o primeiro lugar dos Jogos Literários! Foi uma grande conquista!
Você era a Secretária de Cultura do RS durante o centenário do Quintana?

Anexei algumas imagens da nossa participação, se quiseres conferir. Foi uma grande festa a nossa vitória!

Obrigada pela homenagem ao nosso grande poeta! Foi um post especial!

Beijos,
Ângela Fachinello






"Se as coisas são inatingíveis... ora, não é motivo para não querê-las! Que tristes caminhos, se não fora, a mágica presença das estrelas!"
Mario Quintana

sábado, 30 de julho de 2011

Lembrando Mario Quintana


Dia 30 de julho de 2011.Data que marcaria o aniversário de 105 anos do poeta Mario Quintana.
Durante o período em que fui Secretária de Cultura, inúmeras atividades, se realizaram com muita intensidade no Rio Grande do Sul, em torno do centenário deste que é considerado nosso anjo-poeta maior.
Mario Quintana foi o tradutor das coisas simples, dos hábitos do cotidiano escritos com melodia, inteligência, estilo, mistério e subjetividade.
Poeta alegretense, adotou Porto Alegre para suas andanças, e para se dedicar à literatura de corpo e alma, tendo como espaço de trabalho, pontos que são referencias para nós, gaúchos, como a Livraria do Globo e o Jornal Correio do Povo- em cujas páginas, ainda uma criança, aprendeu a ler, e onde mais tarde tornou-se colunista.
A Secretaria de Estado da Cultura é muito próxima de toda a memória identificada com Mario Quintana, pois tem em suas iniciativas históricas a aquisição e o tombamento do prédio do antigo Hotel Majestic, que abrigou o poeta como hóspede.
Assim foi viabilizada e concretizada a implantação da Casa de Cultura Mario Quintana, inaugurada em 1990 e que hoje é um espaço múltiplo onde estão reunidas todas as artes e manifestações culturais num só lugar.
Por todo esse perfil e potencial, este espaço poético deve ser constantemente valorizado e fortalecido para se manter como local produtivo e gerador de projetos e fomentos para que a arte aconteça.
Quintana nos deixa sua presença e seu legado muito vivos e continua a crescer a amplitude de sua obra por qualquer canto em que olhemos.
É leitura obrigatória de sua obra para o leitor sensível, cabe muito nas aspirações dos apaixonados e dos filósofos, é tema para pesquisas, teses, projetos educacionais, exposições, para releituras e novos livros organizados.
É nome de café, de bairro, de escola e de casa de cultura!
É nome cativo no coração dos gaúchos.


Compartilhando palavras e sentimentos


De uns tempos para cá, venho recebendo muitas manifestações sobre o meu blog.
As pessoas estão gostando das postagens, que bom!
Fico muuuito feliz com isso, pois escrevo exatamente aquilo que penso, sinto e faço.
Essas mensagens chegam por torpedos, por e-mails, e eu, com a maior satisfação, me apresso em respondê-las.
Queria muito postar todas, porque assim estaria compartilhando as palavras e sentimentos dos meus leitores, mas sei que isso é impossível, então escolhi uma que de maneira especial tocou  o meu coração.
A todos a minha eterna gratidão pelo carinho.

Em tempo: A autora da mensagem abaixo pede fotos com informações, o que prometo providenciar.


Olá Mônica!
Sou uma leitora do seu blog.
Moro em Pelotas e tenho 36 anos.
Diariamente verifico se tu escreveu alguma novidade.
Adoro a maneira como escreves!
Acho que tu tratas os assuntos objetivamente e deixando bem claro a tua opinião.
O texto que mais gostei foi o “Aromas da minha vida”.
Depois dele comecei a pensar sobre esta questão do perfume fazer parte da nossa identidade.
Quase te escrevi na época.
E por incrível que pareça agora a tua página está associada ao " Miss Dior Chérie".
Bem, mas o que fez eu realmente escrever foi o teu texto sobre os cuidados com a Martina.
Achei o máximo o carinho e amizade que tens pela tua neta e também, não sei se por coincidência ou não, o texto foi postado bem na semana em que teve o dia da avó.
Eu tenho uma menina de 1 ano e 3 meses.
As duas avós delas também são bem presentes.
Apesar de teres uma vida com vários compromissos és bem presente na vida das tuas netas.Eu admiro isto em ti.
Outra coisa que passei a admirar foi o fato de teres uma vida política, mas não te preocupares em ser vista com perfeição.
Não que aches que tenhas defeito.Não se trata disso.É que neste tempo em que leio o teu blog vejo que tu mostra as tuas preocupações, os teus anseios.
Enfim, és uma pessoa real sem querer esconder isso.
Sei que és uma pessoa muito ocupada, mas gostaria de te fazer um pedido.
Coloca uma foto atual na página: tua, da tua mãe, da tua filha e das tuas netas em homenagem ao dia da avó.
E escreve também o perfume que cada uma usa?
E se possível o nome de uma música que representa o momento da foto.

Até +
Lisandra Sauer




quinta-feira, 28 de julho de 2011

Dois ícones de beleza e elegância


Quando menina, o meu filme preferido era “Sissi a Imperatriz ”. A história me encantava tanto, que assisti inúmeras vezes, nem sei quantas.
A atriz Romy Schneider, um dos rostos mais belos do cinema europeu, fazia o papel da imperatriz da Áustria-Hungria.
O filme transmitia a força de um amor puro e sincero.
A música suave era como poesia para os meus ouvidos.
A fotografia mostrava lugares lindíssimos que eu tinha vontade de conhecer.
E as roupas, então?
Minha nossa, eu adorava aqueles vestidos rodados com armação, cabelos presos no alto da cabeça com cachos caídos nos ombros.
Lembro bem de um vestido cinza de gola com renda preta usado pela personagem principal.
Era só assistir o filme que chegava em casa e pegava as roupas antigas da minha mãe - vestidos, luvas, chapéus com rendinhas e bolsas -  e me transformava em Sissi, a Imperatiz.
Eu deveria ter uns onze anos quando vi esse filme.
A Romy Schneider foi o meu primeiro ícone real.
Depois, quando adolescente, fui encantada na belíssima Grace Kelly, que se tornou meu segundo ícone real.
Achava o máximo ela ter saído de casa aos 18 anos para ser modelo, que virou atriz, em filmes como “Janela Indiscreta” e, depois, princesa de Mônaco.
Isso significava o sonho dourado para uma adolescente como eu, criada numa rígida disciplina militar e religiosa.
A Grace Kelly era uma mulher sempre elegante, discreta, tinha um estilo clássico e usava roupas de linhas simples com cortes impecáveis, como os twin sets com colares de pérola e charmosas luvinhas brancas.
Naquela época, eu lia todas as matérias que saiam sobre ela e foi aí  que passei a conhecer os estilistas Christian Dior, Yves St Laurent e Givenchy, que eram os seus favoritos.
Os anos passaram e certa vez quando fui a Roma, havia uma mostra da evolução do estilo Grace Kelly e claro, lá estava eu para conferir de perto aquilo que vi de muito longe, mas que sempre mexeu muito comigo e talvez tenha influenciado no meu gosto por roupas clássicas com bom corte.
Há pouco, conversando com minha mãe, ela lembrou como eu ficava encantada por aquelas pérolas que Grace Kelly usava. Talvez venha daí a explicação para minha preferência por este tipo de jóia. Adoro anel, brinco e colar de pérolas!


Mais uma Lei no País das Leis


Preparem-se que vem aí mais um absurdo político.
É que  tramita na Câmara Federal o Projeto de Lei Complementar  48/11, do deputado Dr. Aluízio (PV-RJ), que cria a Contribuição Social das Grandes Fortunas.
Pela proposta, a  arrecadação da contribuição será direcionada exclusivamente para ações e serviços de saúde e o valor arrecadado será destinado ao Fundo Nacional de Saúde.
O que mais temos no Brasil são Leis.
Para que criar mais uma?
Mais um Tributo, e para a saúde?
Claro que não.
O Brasil já arrecada bilhões em impostos, quer direta, quer indiretamente da população.
O que deve ser feito é a melhor aplicação destes Tributos.
Chega de Tributação!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Compartilhando o maravilhoso texto que recebi do amigo Ney Gastal

Fernando Molica: As discretas filhas de Itamar Franco

Com a morte de Itamar Franco, os brasileiros, enfim, puderam conhecer as filhas do ex-presidente. Exemplos raros de discrição, Juliana e Georgiana mantiveram-se longe dos flashes durante todo o período em que Itamar exerceu a Presidência. Elas só mostrariam seus rostos no velório do pai. Vale lembrar: os anos que antecederam à posse de Itamar foram marcados pelo exibicionismo do então presidente Fernando Collor, de seus parentes e amigos. Especialista na criação de fatos que gerassem notícias fúteis, Collor transformou em ritual suas corridas dominicais, adorava se mostrar pilotando jet-skis, chegou a pegar carona num caça da FAB.

A ânsia pela exibição marcava aquele grupo de deslumbrados com o poder e com suas aparências e oportunidades. Na chamada República de Alagoas, referência à origem política do presidente, mesmo a separação de Collor precisava ser alardeada. Numa solenidade pública, ele fez questão de mostrar a ausência da aliança em sua mão. Expulso da Presidência após o impeachment, Collor soube transformar em espetáculo até sua saída do Palácio do Planalto.

Em meio à tamanha exposição, jornais, revistas e TVs se assanharam com a ascensão de um novo presidente. Divorciado, era pai de duas jovens — tinham em torno de 20 anos. Nós, jornalistas, queríamos entrevistá-las, fotografá-las, transformá-las em celebridades. Publicações especializadas se excitavam diante de futuras capas, de reportagens que revelariam namoros, separações e escândalos. Uma das filhas do presidente haveria de ser vista com algum ator, que logo seria trocado pelo herdeiro de um empresário. A outra, quem sabe?, se envolveria com um jogador de futebol e acabaria flagrada em poses comprometedoras num baile funk ou numa boite depois de algumas doses a mais. Seria inevitável que uma das duas demonstrasse arrogância, um sabe-com-quem-você-está-falando, diante de um policial.

As expectativas foram frustradas. Até hoje ignoramos quem elas namoraram, com quem se casaram, se é que são casadas. Juliana e Georgiana não protagonizaram escândalos, não usaram o nome do pai. Pelo que se sabe, não levaram amigos para passear em avião da FAB, não receberam passaporte diplomático, não ganharam empregos públicos, não montaram consultorias nem frequentaram festas de empresários. Um comportamento que, pela correção, se destaca em nosso universo político. Solidário, o País agradece.

Fernando Molica é jornalista e escritor

fernando.molica@odianet.com.br



segunda-feira, 25 de julho de 2011

Regras básicas de segurança e afeto

Quando a Juliana e o James chegaram na minha casa contando sobre uma viagem que queriam fazer, embarquei com tudo no projeto deles, de corpo, cabeça e coração. Eles são muito organizados. Primeiro compraram um apartamento maior e melhor, depois decoraram e agora iriam viajar. Tudo foi planejado com muita antecedência. Escolheram a data compatibilizando três agendas de trabalho: a do James de médico, a da Juliana de advogada e a minha de comunicadora. Conversaram comigo há uns três meses atrás para saber da minha disponibilidade de ficar com a Martina e se sim, qual seria a melhor semana de julho. Juntos, escolhemos de 17 a 23.

Feitas as combinações, acertados os detalhes para eu assumir o comando dos cuidados com a Martina nesse período que eles estariam fora, aqui em casa todos já estavam eufóricos e faziam mil planos. O tempo foi passando e a data do embarque cada vez estava mais próxima. Comecei a preparar o quarto que era da Juliana para acomodar a pequena, mas sentia que algo me incomodava muito: era a piscina. Mesmo com o portão fechado que separa o jardim da área da churrasqueira, onde fica a piscina, e mais uma porta de grade da casa para a rua, ainda contando com o competente cuidado da Priscila - babá da Martina - que não desgruda dela nenhum minuto, ou seja, estando tudo dentro da mais perfeita regra básica de segurança quando se tem uma criança de quase dois anos, eu continuava me sentindo estranha em relação a vinda dela. Foi aí que um belo dia acordei decidida a não trazê-la para cá. Eu é que iria para o lá.

Tomada a decisão, faltava comunicar ao Alexandre e ao Felipe, que aguardavam ansiosos a chegada da Martina. Eu sabia que não podia me deixar comover pelos apelos do tio e do avô, então, fui categórica no aviso que dei na hora do almoço: “Em função da piscina, eu vou me mudar para a casa da Juliana e ficar com a Martina. Preciso sair para trabalhar tranqüila”. Como eu supunha, pai e filho reclamaram um pouco, mas entenderam minhas razões.

O engraçado é o excesso de palpites que são inevitáveis numa situação dessas. Parece que o fato de eu ser “uma avó marinheira de primeira viagem” desperta automaticamente uma espécie de ansiedade nas pessoas.Todo mundo tinha um conselho para me dar. A minha família, que é grande em tamanho e disponibilidade, queria muito participar com idéias e ações. As minhas amigas deram mil dicas fundamentais. Claro que todos queriam ajudar. Escutava e agradecia, dispensando o auxilio. Passar uns dias só com a Martina me pareceu tudo que eu estava precisando. A pureza dela sempre me faz um grande bem.

Chegado o dia do embarque do James e da Juliana, fui para o apartamento deles com duas malas, que era para não me faltar nada, uma com roupas e outra com material de trabalho. Logo senti o clima do casal que estava completamente dividido entre passear e namorar e já sentindo saudade da filha por antececipação. Normal isso, afinal era a primeira viagem deles depois do nascimento da Martina. Resolvi entrar em ação para facilitar aquela despedida. Larguei as coisas no chão perto da porta de entrada e abri os braços para que a Martina viesse para o meu colo numa corrida, rindo e me abraçando. Como ela é apaixonada por mim, então segredei no seu ouvido que se despedisse do papai e da mamãe que eles iriam viajar e nós sairíamos para passear. Ela prontamente beijou os dois que ficaram surpresos com o desprendimento da pequena.

Foi uma delícia absoluta para mim, ficar com a Martina. Nos sentimos totalmente íntimas! O vínculo que existia entre nós, ficou ainda mais forte por eu estar ali, desde o despertar até o adormecer dela. Brincamos muito de boneca sentadas no chão do quarto dela. Montamos quebra cabeças e desenhamos todos os bichos que eu sabia fazer. Contei histórias que ela escutava com muita atenção. Assistimos filmes de desenhos enroladas nas cobertas deitadas na cama.Todo o dia fazíamos um programa e, lugares legais para a Martina explorar. Teve uma tarde - a única que não choveu - que passamos no Parcão atrás das pombas e foi muito bom ver o sorriso estampado naquele rosto lindo e escutar suas gargalhadas. Em casa, a folia era grande na hora de escovar os dentes, no banho também e na hora de dormir, bem abraçadas. O difícil era colocá-la no berço.

Nos dias de aula de ginástica saía direto da rádio Pampa e buscava a Martina e a Priscila para irem junto na academia. É que lá tem o espaço Kidd’s, para os pequenos brincarem enquanto os pais fazem exercícios. Além das brincadeiras, tenho por hábito conversar com a Martina e sinto que ela gosta muito disso e o que é fantástico, entende tudo.

A Priscila e a Rose, dupla de assessoras do lar que a Juliana e o James tem, são especiais. Elas me deram toda a cobertura que precisava para cumprir meus compromissos de trabalho. A Priscila é uma jovem responsável e amorosa com a Martina, cuida da menina com uma dedicação de dar gosto e eu saía para trabalhar super segura. A Rose pilota a cozinha com uma competência, que só comendo os deliciosos cardápios dela para entender do que falo.

Na sexta-feira às 22h, o James e a Juliana chegaram de viagem e eu voltei para minha casa. Os dias em que fiquei com a Martina foram bem tranqüilos. Vivemos cada momento dessa nova experiência com muita intensidade e alegria. A felicidade era enorme, mas a responsabilidade também era grande. A partir desse contato com um serzinho tão pequeno, eu me reconstruo. Penso que é a necessidade de viver perto de quem se ama, de estimular a convivência, a troca de experiências. Sábio aquele que souber aproveitar esse efeito, essa magia.

Prontas para passear
Andando de balanço no Parcão
De banho tomado 
 Vendo televisão
Dormindo na minha cama











Explicando...

Pessoal querido, que acompanha o meu blog, tenho que fazer uma confissão, já que  sofro do mal de não saber esconder nada de ninguém e nem de fingir, algo que não aconselho, pois só atrapalha a vida da gente.
Voltando ao que interessa, aviso que andei sumida e não atualizei o blog nesse fim de semana porque estava fora de Porto Alegre.
Viajei para descansar e não levei o meu notebook.
Mas já estou de volta e tentando  dar conta das mensagens recebidas por e-mails, torpedos e comentários chegadas durante esses dias.
Para compensar o meu sumiço, prometo postar até o final do dia de hoje, um “relatório” contando da minha semana que foi super interessante.

sábado, 23 de julho de 2011


Olha pessoal, se tem uma coisa que eu não sou é pedante e exibida, muito pelo contrário,tenho plena consciência que a humildade é característica forte da minha personalidade.
Não pensem que me vanglorio disso não, e nunca me vangloriei, afinal a humildade é uma qualidade que deveria ser natural de todo ser humano, sem precisar ser destacada, mas, hoje, por conta de atitudes injustas de algumas pessoas que sempre receberam minha completa dedicação, sinto que a exerço ainda mais.
Mas vamos ao ponto de partida desse meu texto que é o que interessa.
O que eu quero contar para vocês é que acertei na minha análise política quando falei que a presidente Dilma ao fazer a “faxina” no Ministério dos Transportes não tinha que se preocupar com o PR, que estava incomodado e ameaçava romper com o governo saindo da base aliada e retaliando no Congresso, pois, assim, ela teria respaldo e apoio dos brasileiros que clamam pelo rigor no uso do dinheiro público.
Antevi que a presidente Dilma só tinha um caminho: limpeza profunda! Pois não é que acertei? 
Vai ver, sou boa mesmo como jornalista política!
É que eu pesquiso, leio bastante e quanto mais me aprofundo nas informações da imprensa, o "feeling" político vai se manifestando. 
Sou uma observadora bem focada e venho atuando nesse campo desde o meu pós-graduação em Ciências Políticas, onde tive grandes mestres. 
Mas, então, a limpeza derrubou o diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, Hideraldo Caron. 
Deduzi que a presidente Dilma não tinha mais condições de manter Caron no cargo depois da reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, dando conta de que ele aprovou um suposto contrato de R$ 30 milhões com a prefeitura de Canoas (RS), para a construção de casas a sem-terras que ocupavam terreno próximo à construção da BR-448. 
Ele pediu demissão, ou seja,  foi orientado a pedir demissão.
A verdade é que Caron estava sendo pressionado pelo Palácio do Planalto. Ele tentava, desde segunda-feira, permanecer na diretoria e por ser filiado ao PT gaúcho, achava que conseguiria, mas o rigor de Dilma selou seu destino.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A "faxina" de Dilma


A presidente Dilma Rousseff no seu estilo rigoroso faz uma “limpa” no Ministério dos Transportes.Ela demitiu mais três funcionários da estrutura dos Transportes, sendo um deles da Valec, a estatal que administra ferrovias, e dona de uma empresa de transportes suspeita de receber dinheiro público.Os três afastados ontem são ligados ao PR, partido que comandava o suposto esquema de corrupção no ministério.Desde o início da crise, 16 pessoas já foram afastadas  dos postos de trabalho.O PR, que deve continuar a sofrer com novas demissões, já ameaça romper com o governo e sair da base aliada, além de retaliar no Congresso,apoiando as convocações dos ministros Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) para depor sobre os aloprados.Em visita a Pernambuco,o ministro Paulo Sérgio Passos avisou que "os ajustes" nos Transportes vão continuar.Com isso a presidente Dilma mantém  a marca de austeridade e ganha respaldo da sociedade.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

  
Adeus no dia do amigo


Estive na despedida do Clóvis Duarte. Confesso a vocês que não foi uma coisa fácil para mim, porque além de gostar muito dele como pessoa, admirá-lo profissionalmente, tenho também o vinculo afetivo com suas filhas e sua ex-mulher. Havia muita gente no crematório e foi dificultoso chegar até a família, que estava em volta do caixão. Passada a legião de amigos, todos num misto de tristeza e inconformidade com a precoce partida do Clóvis, logo me vi na frente da Vanessa, filha do meio, que estava amparada pelo marido, o Beto Müsnich, que é amigo dos meus irmãos. Depois, fui em direção da Natasha, que, quando me viu, se lançou num abraço tão apertado e longo, que pude sentir todo seu corpo tremer pelos soluços de um choro sofrido. Eu não consegui falar nada. Penso que tem momentos na vida da gente que só o silêncio consegue exteriorizar a nossa tristeza, e ela, de cara, captou isso. Me comove essa sensibilidade que algumas pessoas tem. Quando pude enxugar um pouco da sua face molhada pelas lágrimas, ela olhou para o lado, como se estivesse procurando a Juliana. Foi então que minha voz saiu e falei que ela não sabia de nada, pois estava viajado com o marido, e a Natasha, numa preocupação que só os amigos de uma vida toda tem, pediu que eu só contasse a ela quando chegassem aqui em Porto Alegre. Não falei nada quando ela ligou para dar notícias e saber da Martina.Também ontem, não postei nada no blog, porque sei que a Juliana, onde estiver, acompanha todos os meus posts. Então esperei chegar perto da volta dela para fazer esse tributo ao Clóvis. Garanto que o professor sorriso, como era conhecido, concordaria. É, eu não conhecia ninguém tão de bem com a vida como ele.


Fui ao encontro da Tatiana, que administrava a dor para conseguir consolar muitas pessoas que dela se aproximavam. Perguntei pela sua mãe e ela apontou o caminho. Acho que não dei quatro passos e logo vi a Marza, com aquele seu jeito meigo e espontâneo abrindo os braços para receber um abraço. Minha nossa! Ela continua igual, querida, serena, firme  e solidária! Me contou que vai voltar a morar em Porto Alegre - faz muitos anos que estava residindo em Nova Petrópolis - para ficar mais perto das filhas que perderam o pai e o grande amigo. Relembramos a época das meninas, quando a Marza e o Clóvis moravam na rua Coroados no bairro Tristeza, das festinhas delas, que nos revezávamos para levar e buscar, dos veraneios, dos namoros, escolha das profissões e o Clóvis sempre presente em tudo.

Vai-se um amigo

Estava em Novo Hamburgo ontem, quando soube da morte do Clóvis Duarte.Recebi um telefonema do meu marido, Alexandre. Conheci o Clóvis na época em que foi casado com a Marza, sua primeira mulher e mãe de suas três filhas:Vanessa,Tatiana e Natacha. Aí já se vão trinta anos! A Natacha e a minha filha, Juliana, estudaram e debutaram juntas.Elas tinham a mesma turma e eram amigas desde criança.Foi através do convívio das nossas filhas que nos tornamos amigos. 

O Clóvis era um comunicador empreendedor. Em todas as emissoras por onde passou, foi dono dos seus programas. Ele tinha compromisso com a verdade, fazia um jornalismo sério e foi um grande entusiasta da minha vida política.Era um homem de uma alegria espontânea, característica marcante dele, algo precioso e raro.Fiquei muito, muito triste com sua morte e não há como não repercutir, seja aqui no blog, ou no Pampa Bom Dia, bem como apoiando a família nesse momento.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

É preciso olhar por nossas crianças

Vejo com grande preocupação a questão da infância e da adolescência em nosso país e não é de hoje que assistimos essa geração ser atingida pela marginalidade e pela desesperança. É importante registrar que a violência acontece nesse meio, transforma perigosamente nossas crianças e jovens, tanto em agressores como em vítimas precoces deste processo desenfreado que são as drogas, a prostituição e o crime. O amparo adequado na primeira infância é, sem dúvida, o fator determinante para a formação do ser humano; isso irá nortear a conduta correta em sua vida.

E entre os maiores problemas com que nos deparamos está a crescente prostituição infantil e o turismo sexual. O mais grave disso é que meninas recém entrando na puberdade são utilizadas para essa exploração, sendo até prática comum nas ruas das cidades brasileiras. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que no Brasil, 5 milhões de crianças morem nas ruas. O governo Federal refuta o número, as organizações não-governamentais também, e o IBGE não tem os dados, pois só contabiliza pessoas em domicílios. Projeta-se que o número de meninas brasileiras apanhadas nessa modalidade oscila entre 100 mil e 500 mil. Essas informações não tão precisas, nos mostram claramente o descontrole público nessa questão.

Com isso, a primeira coisa que nos chama atenção é que essa exploração do sexo e o tráfico de crianças, bem como as situações de abandono e vulnerabilidade, têm ligação direta com a exclusão social e a pobreza, que aumentam assustadoramente no Brasil. A precocidade em que o abuso sexual ocorre no Brasil é um dado alarmante. Li um artigo da professora Eva Faleiros, da Universidade de Brasília (UnB), que coordenou uma pesquisa com 40 casos de abuso sexual na infância e as conclusões foram preocupantes: revelou que 69,1% das crianças abusadas tem menos de 11 anos. E, em 27,3% dos casos, elas tem 0 e 6 anos. Outro dado relevante que a pesquisa confirmou é que as estatísticas nacionais e internacionais de que a violência contra crianças e adolescentes é praticada basicamente por familiares ou pessoas conhecidas.  Lamentavelmente, a criança que passa por essa situação constrangedora, será o jovem de amanhã, marcado pela tragédia, e, com raríssimas exceções, conseguirá superar essa barreira sem dificuldades ou danos em sua vida pessoal e profissional. 

A miséria que assola o país aumenta o contingente de crianças sem lares, que perambulam pelas ruas, morando em praças, a mercê de toda a sorte, tornando-se alvo de malfeitores e aliciadores. Qual o futuro que terá uma criança sem lar, família, educação, saúde e sem o amparo dos órgãos públicos? 
É preciso que os governantes, em seus projetos – que sejam efetivamente colocados em prática - incluam como prioridade o investimento na primeira infância. 

Acredito que o primeiro passo para resolver a questão seria a reimplantação de escolas de tempo integral, onde a criança receba amplo atendimento nas suas necessidades básicas em diversas áreas do segmento social: alimentação, lazer e recreação, educação e saúde. É fundamental investir nas crianças, somente desta forma é que uma nação terá futuro.

domingo, 17 de julho de 2011


Marcela é o sol



A cerimônia do batizado da Marcela foi na capela Nossa Senhora da Assunção, onde quatro anos atrás, o Marcelo e a Fernanda se casaram. A capelinha faz parte da história de vida dos dois.
A Marcela estava alegre, coisa normal nela, que sempre tem um largo sorriso estampado no rostinho. Ela é uma criança encantadora! Ela é como o sol - aquece quem dela chega perto. Seus olhinhos verdes brilhavam quando olhava para sua prima Martina. Pelo jeito elas serão uma dupla inseparável.
O Padre, bem falante, fez um sermão interessante sobre a fé, o que me fez refletir do poder desse sentimento nas nossas vidas.
As quatro gerações das duas famílias se reuniram em torno da Marcela.
Os padrinhos foram o Fábio e a Melissa, irmão e cunhada da Fernanda. Recém casados e em preparativos para viajar em lua de mel, eles estavam compenetrados na celebração religiosa.
Os pais e a avó da Fernanda, estavam radiantes com a pequena, que parecia saber que era o centro das atenções de toda a família.
O Felipe, meu filho caçula, que é um tio muito apaixonado pelas duas sobrinhas, estava com sua namorada, a Duda, ao lado dos meus pais, que são os bisavós da Marcela.
Achei muito bonito que os amigos de infância, que foram colegas do Colégio Farroupilha, estavam lá prestigiando este momento da Marcela e de seus pais, Fernanda e Marcelo.
Após o batizado, fomos almoçar na casa deles, que também fica na Zona Sul.O dia estava maravilhoso e aproveitamos para ficar na varanda.
A minha nora é uma mulher de extremo bom gosto. Ela tem mãos de fada! Tudo que faz é perfeito. Ela e a mãe, a Vera, tem uma loja de móveis e artigos para decoração no shopping Paseo no bairro Tristeza, a Via Appia, e, também, um antiquário com o mesmo nome da loja, que fica na avenida Coronel Marcos e é bem famoso.
Bem, as duas tem uma capacidade fantástica de organizar festas, decorar ambientes e fizeram do almoço de batizado, algo digno de veicular em revista. Desde a decoração até o menu do almoço, tudo nos mínimos detalhes levava o nome da Marcela e registrava o batizado.Foi mais um acontecimento familiar importante que mexeu com nossos corações.

Marcelo e Fernanda com a Marcela
  
Marcelo e Fernanda com a Marcela e os avós,Fernando e Vera.



O maravilhoso bolo do batizado.

Vera e eu aquecidas pelo sol Marcela
Fábio e Melissa com a  afilhada.
Alexandre e Fernando completamente apaixonados pela neta.
Meus pais com  Marcelo,Fernanda e a bisneta Marcela.
Dona Irene com os netos Marcelo,Fernanda e a bisneta Marcela
James com a Martina, Juliana com a Marcela, Fernanda e Marcelo
 
Juliana, Felipe, Marcela e Marcelo

O contato com os livros

Já contei para vocês que acompanham o meu blog, que conheci a escritora de literatura infantil, Moina Fairon. Pois então, naquele nosso encontro, recebi de presente alguns livros seus para ler para a Martina e Marcela. Prometi à Moina que lhe contaria qual foi a reação das meninas ao escutarem as suas histórias. Foi tão encantador esse nosso momento juntas com os livrinhos, que registrei em fotografias e aqui compartilho uma delas com vocês. Penso que essa imagem diz muito mais do que as minhas palavras, do quanto elas gostaram.



Martina e  Marcela  escutando a história do livro “ Tóbi um cãozinho esperto “.


sábado, 16 de julho de 2011

Obrigada pela confiança!

Vejam que legal o comentário que recebi de um colega de trabalho. Adorei saber que ele votou em mim nas duas ultimas eleições. Minha responsabilidade fica ainda maior com essa declaração de confiança. Meu eleitor tem um blog, que a partir de agora vou acompanhar e recomendo a vocês fazerem o mesmo.

Maurício deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Adivinhação": 

Olá Mônica, tenho o prazer de ser seu colega na Pampa, sou assessor de comunicação da Viviane Vasques, me formei em jornalismo na URCAMP- Bagé e votei em você para Senadora e depois para Deputada Estadual. Tenho um blog também o endereço é www.mcampos.skyrock.com
abraços

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Adivinhação

Dia desses eu recebi um pedido do jornalista Prévidi, que tem um blog informativo muito interessante, sempre com novidades sobre o universo da comunicação, além de postagens com fotografias antigas de pessoas conhecidas para os leitores adivinharem quem é, com algumas dicas dele. Então, o jornalista Prévidi pediu umas fotos minhas quando criança e adolescente, o que me fez recorrer aos meus pais, porque os álbuns de fotografia da família Leal são verdadeiras relíquias guardadas num armário a sete chaves na casa do Coronel. 
O blog é muito dinâmico e atualizado e essas postagens das fotos para os leitores adivinharem dá um toque a mais e descontraído em meio a assuntos tão polêmicos e interessantes.Vejam abaixo o e-mail que recebi do famoso jornalista Prévidi e o link do post que falei.




De: José Luiz Previdi [mailto:previdi01@terra.com.br]
Enviada em: sábado, 9 de julho de 2011 14:38
Para: Monica leal
Assunto: foto

Guria, tô com uma brincadeira de mostrar fotos antigas e fazer os caras adivinharem.
Bem legal,todo mundo gosta.

Tu podes mandar uma tua, de criança ou adolescente?
Aguardo
Gracias!!

José Luiz Prévidi

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Para o Coronel Pedro Américo


É com imenso orgulho que compartilho a mensagem que recebi de uma admiradora de Pedro Américo Leal, meu pai. Todo mundo sabe que eu sou uma filha encantada no pai, porque declaro sempre isso em alto e bom som. Quando digo que o meu pai é uma lenda viva do Rio Grande do Sul, tenho mesmo razão. Por onde quer que passe, nos lugares que frequenta, as pessoas sempre o reconhecem e se manifestam. Abaixo, esse cometário que é um exemplo do sentimento das pessoas que o admiram.


Em tempo: é impressionante a audiência do programa Bibo Nunes na tevê. Recebi muitas ligações de amigos que nos viram no programa de sexta-feira passada com reprise ontem. O programa é um sucesso!



Comentário sobre a postagem "Pedro Américo Leal, 87 anos":

Parabéns nesta data tão especial. O Sr. é uma pessoa muito especial para sua família.E para mim e meu esposo tanto nos dava orgulho em resolver os problemas referentes a função pública que quando nasceu meu filho a 31 anos atrás coloquei o nome de Pedro Américo em sua homenagem.Ontem vi o programa Bibo Nunes Show e para minha surpresa lá estava o CORONEL belo e formoso com a sua filha Mônica. Fiquei triste pois não consegui falar ao vivo com vocês.
Gostaria muito de receber uma resposta.Maria Luisa Bulla de Aguiar
Um abraço e...

um beijo amoroso do meu pai

terça-feira, 12 de julho de 2011

Começando bem a semana

Minha segunda-feira foi corrida! Saí cedo de casa por conta do programa de rádio “Pampa Bom Dia” que inicia as 6h e termina 8h.Feito isso, fui direto da Rede Pampa de Comunicações para a academia de ginástica onde tive uma aula. E foi lá mesmo que me arrumei para um compromisso no meio da manhã. É que tem um bom vestiário com espelhos, armários grandes onde se pode guardar blazer e saias sem amassar, todos com chaves. Os chuveiros são quentinhos e os secadores super potentes,num minuto os cabelos ficam prontos. Enfim, tem tudo que preciso para me arrumar para o trabalho. Não vale a pena ir em casa perdendo tempo no trânsito, mesmo porque minhas aulas são só três vezes por semana, então prefiro abrir mão das minhas coisas em casa para cumprir bem os dias de exercício, aí chamei meus filhos Marcelo e Felipe para almoçar e ter um tempinho nosso para colocar a conversa em dia.
Quase no meio da tarde tive uma reunião com um empresário amigo sobre um projeto de comunicação que está nascendo e vou administrar e que pelo andar da carruagem, vai ser maravilhoso. Depois, fui visitar a Liane que é a prima preferida do Alexandre, uma mulher lindíssima, inteligente, querida e bom astral que está vencendo um câncer com tamanha força que tem ensinado a família inteira a viver.Ontem cheguei tarde em casa e confesso que muito contente por ter encontrado a Liane tão bem.
Hoje pela manhã, após o meu programa no rádio permaneci na empresa e participei de uma reunião com o vice-presidente da Pampa, diretores e comunicadores com a Unimed.
Fora isso, vi, pela manhã, que as minhas irmãs lotaram a minha caixa eletrônica com seus e-mails. É o seguinte: tenho quatro irmãs super ativas que se encarregam da agenda familiar. Então, elas organizaram o tradicional almoço das irmãs que aconteceu hoje ás 12h e 30min no Dado Pub. Gosto disso nelas!

domingo, 10 de julho de 2011

Um bom programa


Basta o sol aparecer no fim de semana e as pessoas se animam a sair de casa para ficar um pouco mais perto da natureza.Em geral vão aos parques caminhar, correr, pedalar, levar as crianças para brincar na areia e andar de balanço. Mas há algo além da vocação dos parques de serem espaços de atividades físicas e penso que isso deve ser explorado. Durante a semana, freqüento a Praça da Encol, porque a minha casa fica muito perto.Geralmente uma vez por semama, levo a Martina e a Marcela para passear ali e elas adoram esse programa. Na Encol é mais rápido de voltar com as pequenas quando começa a esfriar. No entanto, sempre que tenho mais tempo, gosto mesmo de ir no Parcão. É que lá tem um lago maravilhoso! As pedras são as ilhas das tartarugas e patos, que tomam sol enfeitando aquele cenário lindo de se apreciar dos bancos de madeira, cuidadosamente colocados ali com essa intenção. Ali mesmo, eu já tive a experiência de me sentar e me deixar levar pelos pensamentos, embalada pelo canto dos pássaros, o que é uma verdadeira sinfonia aos ouvidos de quem curte a natureza e o silêncio. E como é bom tomar sol com um visual desses, ou fechar os olhos, respirar ar puro e sentir o verde da grama ainda molhada por muitos dias de chuva. Ah, também é super prazeroso levar um livro ou os jornais para ler. Num parque, existem muitas opções de locais para fazer uma boa leitura, desde debaixo das árvores, com galhos que deixam passar filetes de sol misturados com a sombra, até nos recantos mais urbanizados, onde as pessoas costumam conversar e tomar seu chimarrão. Olha pessoal, quero dizer para vocês que me acompanham pelo blog, que para fazer um bom programa no domingo, algo bonito de ver e sentir, assim como também para se exercitar, não é preciso gastar muito dinheiro, basta ter criatividade, disposição e explorar esses locais que a nossa cidade oferece.

sábado, 9 de julho de 2011

A primeira bronca a gente nunca esquece


Eu tinha 16 anos e um grande sonho: conhecer a boate Encouraçado Butikin, que na minha época de guria, era o local mais badalado de Porto Alegre. Usava todos os argumentos possíveis e imaginários para convencer meu pai a me deixar freqüentá-la. Foram muitas as vezes que apelei para aquele discurso de que " todas as minhas amigas vão, só eu que não, por que não posso ir? Isso não é justo, etc...”
Meu pai, sem deixar-se abalar um milímetro sequer, com toda a sua firmeza de educador seguro que estava fazendo o certo, respondia sempre a mesma coisa:" Não podes ir porque não tens 18 anos, idade exigida para freqüentar uma boate”. Lembro que ficava para morrer de tanta tristeza, me despedaçava em lágrimas, me trancava no quarto, fazia greve de fome ou ficava muda para mostrar a minha revolta. Claro que tudo era completamente em vão. O pior é que a minha turma era a mesma que dos meus irmãos, João Pedro e João Paulo, pois somos próximos de idade. Eles, com seus amigos e as minhas amigas, íam nas sextas ou sábados a boate.O assunto de segunda-feira na saída do colégio Bom Conselho era esse e eu, que não tinha ido, me sentia a última das criaturas na face da terra. 


Continuava louca para ir, até que uma das gurias deu uma ideia para eu conhecer a tal boate. Era setembro, plena temporada dos bailes de debutantes nos clubes de Porto Alegre e esse era um programa que meu pai deixava eu ir. Não lembro exatamente quem tomou a iniciativa de colocar o plano em ação, que consistia em dizer que eu iria no baile de debutantes do Clube Leopoldina Juvenil, quando na verdade iria na boate Encouraçado Butikim. Só sei que éramos seis – três gurias e três guris, sendo que um era meu irmão. Antes que a imaginação de vocês corra solta: apesar de sermos três casais, ninguém era namorado de ninguém. Minto: o João Paulo e a Núbia estavam começando a ficar, mas tudo na maior inocência. De resto, éramos mesmo uma turma de amigos. Acredite se quiser: tudo na maior pureza. Só folia. Para isso, saí de casa de vestido de gala para a casa da Leila, falei para meus pais que lá seria o local de encontro das meninas que iríam ao baile. A casa da Leila foi escolhida porque os pais eram separados e a mãe dela era enfermeira, trabalhava até as 21h, quando nos já teríamos saído. Ah, tinha também outro detalhe importante: não havia telefone, o que significava que meus pais não falariam com a mãe dela. Então as 20h e 30 minutos meu pai me levou até a casa da Leila onde as minhas amigas já me aguardavam.Troquei o vestido de gala por uma roupa da Cris. A moda era mini vestidos de uma lã leve. Coloquei meias pretas rendadas e sapatos pretos de verniz, desmanchei o cabelo, que parte estava preso com um passador no alto da cabeça - penteado de baile - de maneira que ficasse com uma cara de mais velha, para não ser barrada na porta da boate. Os guris buscaram o carro, que era uma DKW  do pai de um deles e seguimos felizes da vida até o local. Nós, gurias, estávamos numa expectativa bárbara. Eu estava me sentindo realizada com a possibilidade de conhecer o Butikin.


Tudo perfeito até que o Arthur, que dirigia o carro, sentiu sono, pois era soldado do Exército e na noite anterior tinha pego guarda.Ele perdeu a direção e bateu o carro, vindo a capotar. Sofremos um acidente bem feio e fomos levados para o Pronto Socorro Municipal onde avisaram nossas famílias.Estávamos mais apavorados do que machucados e não era para menos, pois tínhamos mentido e a bronca somada de um castigo seria terrível e foi mesmo.Meu pai ficou furioso comigo e com meu irmão.Fiquei um mês de castigo e fora da temporada de grandes festas da turma e bailes da capital.Perdi de participar até do bolo vivo de uma amiga e já tinha feito o vestido para a ocasião, sem contar que quase morri de remorso por ter convencido o meu irmão a fazer parte do nosso plano mirabolante para conseguir conhecer a boate. Jamais esqueci da bronca que levei do meu pai naquele dia, mas ainda o que mais me doeu foi assistir a bronca que o meu irmão levou por minha culpa. Acho que isso nunca saiu da minha memória, porque, além de ter selado uma amizade muito especial entre nós que dura até hoje, foi a ajuda dele na tentativa de realizar meu sonho de menina adolescente, vindo arriscar-se por mim. Estávamos uns com 16 e outros com 19  e 20 anos, eles comemorando a maturidade recém conquistada através das carteiras de motoristas e da entrada na faculdade de direito.Era o inicio da vida que cada um construiria a partir dali. Impossível esquecer.