quinta-feira, 1 de março de 2012

Abram alas para as bicicletas


Veraneio em Torres e lá me permito, ou melhor, a praia me permite, esquecer o carro na garagem por vários dias. Além de caminhar muito, elejo um outro meio de transporte – a bicicleta.
Em Porto Alegre, confesso que não pratico o hábito e por variados motivos. A falta de tempo poderia ser um deles, mas nisso eu poderia dar um jeito para ficar mais perto da minha bicicleta. Os outros motivos são: falta de segurança e falta de ciclovias na cidade.
Bicicleta sempre me lembra infância, liberdade, independência. Mas, hoje, bicicleta também é atitude, é alternativa, é condutora de consciência ecológica e de ideias sustentáveis, meio de transporte saudável e barato para quem o tem.
Porto Alegre na última semana de fevereiro vivenciou o primeiro Fórum Mundial da Bicicleta, quando cerca de dois mil  participantes vindos de outros estados e até de outros países como a Inglaterra chamaram mais atenção para a nossa velha amiga bicicleta.
Impulsionados pelo absurdo e inesquecível fato do atropelamento coletivo de ciclistas ocorrido em 25 de fevereiro de 2011, a proposta  de realização do fórum nesse período do ano dá continuidade à luta de todos que adotam esse meio de locomoção como estilo de vida e que buscam espaço e respeito.
A hora é mesmo agora e estamos numa boa onda crescente de divulgação, esclarecimento e conscientização sobre o maior uso de bicicletas.
A nossa capital finalmente começa a botar para frente alguns projetos de obras e melhorias que, pela primeira vez, pensaram na inclusão de ciclovias. Creio que o primeiro passo foi dado para despertar a cultura da bicicleta em Porto Alegre.
Escutei a fala da arquiteta inglesa, Fiona Roy, especialista em mobilidade urbana, que está certíssima quando defende que o tema circulação de bicicletas seja incluído no currículo das escolas brasileiras. Ela disse que na Inglaterra as pessoas tem que aprender como utilizar uma bicicleta quando crianças e que nas escolas há cursos de como se comportar nas ruas e estradas. Essa proposta é muito inteligente, pois nada mais certeiro e econômico do que agir na prevenção.
Na infância é que aprendemos a ter respeito e boa conduta, sem contar que os pequenos acabam por ensinar seus pais.  Devemos abraçar essa causa, cultivar e ensinar nossas crianças dos benefícios desse transporte que faz bem à saúde e ao ambiente. 


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