sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Uma semana para pensar na vida


Sempre achei que tinha o controle da minha vida. Falo no aspecto do cotidiano pessoal, familiar, profissional e social. Talvez porque faça parte da população feminina que está na linha de frente de tudo que se propõe e se envolve.
Procuro me inserir no ritmo cada vez mais insano do mundo, participando, reivindicando causas e implantando mudanças através da minha atuação no meio onde vivo, como cidadã, jornalista e na vida política. Sei que posso ajudar aqueles que precisam e se o meu poder politico assim conseguir, vai valer a pena essa caminhada que faço, que por vezes não é nada fácil. 
Sou uma pessoa que nunca me conformo em não fazer tudo e o melhor de tudo. Com isso, as tomadas de atitude, os desafios e depois as alegrias das múltiplas realizações precisam estar conciliadas com o meu universo interior. Para abraçar tudo isso, o meu segredo é o planejamento e o equilíbrio, e isso vale para tudo, desde cuidar das pessoas que me são importantes, a atuar no meu mandato de vereadora, na minha profissão de jornalista, como líder da bancada do Partido Progressista em Porto Alegre e até nas tarefas mais simples de dona de casa.  
No trabalho, planejo minha agenda com antecedência de maneira que consiga cumprir na íntegra com os compromissos. Um bom exemplo disso é um hábito que tenho antes de dormir. Deixo a minha roupa do dia seguinte separada e uma necéssaire organizada com tudo que posso precisar: maquiagem, perfume, escova, meias, sapatos, óculos  e outra camisa. Ninguém está livre de furar uma meia ou manchar a roupa. Incluo sapato alto e bolsa social para os eventos no decorrer do dia.
Tenho meus próprios rituais e os celebro, porque eles me ajudam a focar no momento presente e, assim, ter uma mente saudável e uma vida organizada, mesmo que ocorreram imprevistos...   
Pois eis que na semana passada, fui surpreendida com algo que não estava nos meus planos: uma estada no hospital devido a um novo e doloroso cálculo renal. Baixei por conta de fortes dores abdominais para fazer um procedimento cirúrgico ambulatorial e sair no mesmo dia, porém algo que era para simples, complicou e fiquei quatro dias por precaução médica. De primeira não foi fácil aceitar, mas tive que entender. 
Passado o susto, veio a parte prática para passar os cinco dias de licença médica, que consistiu em desmarcar reuniões, atendimentos, adiar a votação de um Projeto de Lei de minha autoria, conseguir a minha substituição nos programas de TV e de rádio que faria na semana. Olha, foi um quebra-cabeças e tanto!
Na esteira dessa minha temporada para atender a saúde, vivi acontecimentos lindos, emocionantes e engraçados.
Na chegada ao Hospital Moinhos de Vento, fui recebida pela Sofia Dutra, uma amiga querida de longa data que comanda com exímia competência aquela instituição.
Na ante-sala do bloco cirúrgico, reparei que as duas técnicas de enfermagem que me atendiam estavam naturalmente sorridente mas muito alegres e  resolvi fazer uma brincadeira dizendo: “E essa animação toda é para contagiar os pacientes”?  Uma delas, de pronto, respondeu: “É que quando falaram que a Mônica Leal estava aqui e a gente foi escalada para atender, ficamos contentes pela oportunidade de conhecer a senhora pessoalmente”.   
Outra boa: Na sala de recuperação já acordada e após saber que não iria para casa conforme o programado, restava fazer hora até a liberação para o quarto, então, respirei fundo e me situei. Com os olhos, eu fiz uma vistoria militar no ambiente e me deparei com uma simpática senhora, que eu não conhecia,  me observando. Ela saiu com essa: “Mônica Leal o que estás fazendo aqui?”  
Tive que rir  e falei para  minha vizinha de maca que se ela havia  me reconhecido  ali era o bom sinal de que eu precisava: devia estar bem e parecendo eu mesma!  
A família cumpriu com dedicação os plantões e a escala de visitas. Como tenho a benção de ter uma irmã enfermeira, eu fui super cuidada! A Maria Inês é enfermeira de alto padrão, foi chefe de enfermagem do Hospital Moinhos de Vento e do Hospital de Clinicas e professora da Unisinos.
A minha mãe, que é a criatura mais religiosa e com maior fé que existe na face da terra, acionou todos os santos para me protegerem. Me senti acompanhada e iluminada!  
Agora quero contar um lance maravilhoso que aconteceu. A Martha, minha irmã caçula, que estava em Viena assistindo o espetáculo do cantor Andrea Bocelli e acompanhando tudo à distância, sabendo que aprecio  demais as músicas dele, gravou o momento que que ele começava a cantar “Ave Maria”  e mandou  por mensagem um pouco antes de eu entrar para a sala de cirurgia. Foi algo emocionante que me passou uma paz enorme!
Tenho muito a agradecer às pessoas que estiveram ao meu lado nesse período. Pessoas de perto e de longe, cada uma do seu jeito, tiveram atitudes preciosas que ficarão guardadas de maneira muito especial para sempre no meu coração. Alexandre, meu marido, Juliana, Marcelo e Felipe, meus filhos, James, Fernanda, Eduarda, meu genro e minhas noras, tenho imenso orgulho de vocês.
João Pedro, meu irmão, tua companhia foi imbatível. Cristina e Ângela, irmãs disponíveis a qualquer chamado.
Meus sobrinhos médicos Thiago e Carol: adorei tê-los comigo.
Aline, Paula, Carmen, Clarissa e Leandro, as mensagens de vocês tiveram um efeito fantástico na minha recuperação.
Lauro Balle, Daniela, Laura, Cintia, Antônio e Carlos, minha equipe da Câmara foi 10.
Guilherme Socias Vilella, um amigo de todas as horas. Sérgio e Vinicius, assessores do vereador Vilella, formaram uma dupla prestativa e querida.
Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Garcia, presidente do PP/RS, Celso Bernardi, colegas vereadores e assessores da bancada progressista de Porto Alegre, muito obrigada pela preocupação.
Por fim, meu agradecimento a minha amiga e médica Elaine Sangalli Mallmann e ao doutor Alexandre Gorziza, que reforçaram a minha segurança de saber que estava em excelentes mãos e por agora estar tão bem.
Como boa observadora que sou, gosto de registrar e valorizar cada momento da minha vida e quem faz parte dele. Penso que devo exaltar até as adversidades, pois elas me fazem crescer.  A vida passa a ser vivida com mais gratidão, com mais leveza, com sensação de missão cumprida e vou aprendendo a extrair prazer e bons ensinamentos das mais variadas situações, que me fazem agradecer e manifestar a minha alegria de viver.


Nada melhor que uma boa conversa e um café especial para uma completa 
recuperação e na companhia zelosa da Inês, minha irmã enfermeira  

Os meus sobrinhos médicos, Tiago e Carol, que me deram toda a atenção

Este é o meu irmão João Pedro que também me acompanhou
no hospital

Martina e Marcela me receberam com show musical

Retomando as brincadeiras...

...ganhando o carinho da pequena Catharina

Ter a família junto da gente não tem preço. Alexandre, Felipe, Juliana e Marcelo estiveram sempre ao meu lado










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