sábado, 21 de abril de 2012

Quem cuida, ama


Creio que todos nós temos plena consciência de nossas características. Aquilo que chamamos de traços fortes da nossa personalidade. Eu diria que entre os meus, estão ter planejamento e  organização. Com eles, consigo dar conta de tudo a que me proponho a fazer. Planejo, organizo e executo. Assim é que consigo administrar muito bem a vida pessoal e a profissional, e o que é melhor, sem abrir mão das minhas coisas como caminhadas, ginástica, leituras, cinema e cafezinho com amigas - o de ontem a tarde foi com a querida Manuela D`Avila.
O mais importante é que dessa forma, faço tudo com prazer.
Foram assim esses últimos dez dias que fiquei com a Martina para a Juliana e o James viajarem ao exterior. Nesta sexta-feira, entreguei a pequena para seus pais com uma gostosa sensação de missão cumprida. Só quem fica com uma criança de dois anos e sete meses é que sabe o real significado disso que falo, pois envolve uma imensa responsabilidade, além de muita disposição e vontade de fazer o melhor.
Para que tudo funcionasse com perfeição eu montei uma estratégia, então, a Martina, o Alexandre e o Felipe ficaram super bem cuidados e na soma disso, atendi a minha casa, o apartamento da Juliana, sem deixar de trabalhar, comparecer à reuniões políticas e participar dos programas de tevê e rádio.
Chego a conclusão de que cada vez que passo um tempo com a Martina, eu restauro por completo minha alma e me aproximo mais das coisas simples da vida, o que realmente faz tudo valer a pena. 
Mais uma vez, reforcei minha crença de que a verdade deve ser nosso guia sempre e explico o motivo: na noite da terça-feira passada a Martina não dormiu bem, estava com tosse e coriza. Mesmo vendo a sua boa disposição na quarta de manhã quando acordou, eu decidi levá-la na pediatra. Liguei para a Dra.Tânia, sua médica desde que nasceu e das mais competentes que conheço, além de uma criatura excepcional, que  logo conseguiu um encaixe para às 15h. O segundo passo era mexer na minha agenda. Essa movimentação foi acompanhada pela pequena que, lá pelas tantas, me declarou que não ia na tia Tânia. Ela tem horror de ir ao médico, isso que é filha de oftalmologista clínico cirurgião. Eu, que não sei mentir, me vi numa situação delicada e  desviei o assunto de maneira a empurrar o problema para mais tarde. Almoçamos e fomos para o consultório, que fica ali em frente ao Parcão. No caminho, eu comecei a contar para ela da nossa ida, ao que ela repetiu novamente as mesmas palavras: "Eu não quelo ir na tia Tânia”!  Aí fiz uso de toda a minha imaginação e até uma Branca de Neve chegando no consultório eu inventei. Ao fim e ao cabo, a consulta transcorreu com tranquilidade. Por sorte fiz isso, pois a noite foi com febre alta. Para controlar a temperatura eu resolvi trazê-la para dormir comigo, porém, na hora que a peguei ela acordou dizendo que queria ficar na sua cama. Foi aí que percebi que ela estava sentida comigo, então falei: “eu te levei na médica porque era preciso. Estás doente e a tia Tânia precisava te examinar para receitar os remédios que vão te deixar boa. Quem cuida, ama, sabia disso"? Ela sentou na cama e abriu os bracinhos para que eu a pegasse no colo e quando o fiz, recebi um abraço apertado que exteriorizava que havia compreendido.
Na noite de quinta-feira,  fizemos a despedida da nossa temporada juntas e foi uma folia danada. Brincamos de pula-pula em cima da cama, de boneca e depois contei histórias da Branca de Neve, que vai na médica quando está doente. Como valeu!
Vejam as fotos que registram esses momentos.






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