segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Assim que der eu volto

Minhas férias foram dos deuses.Passei esses quinze dias direto em Torres, coisa que não fazia há quatro anos.Tem luxo maior do que esse? Ah, claro que não! Olha pessoal,juro que não me lembro de ter dormido tanto e tão bem.No dia vinte e sete,que foi quando eu cheguei em Torres, meus trajes passaram a ser somente shorts, camisetas,tênis,biquíni,chinelos havaianas e boné durante o dia. A noite, saí duas vezes para comer um peixe num restaurante aconchegante que tem na beira do Rio Mampituba, mas geralmente me recolhia muito cedo,indo dormir com um cansaço gostoso e feliz por ter curtido as coisas simples e deliciosas do litoral.Escutei boas músicas e li dois livros interessantíssimos, que depois vou recomendar a leitura.Conforme meu pai,que adora falar sobre os benefícios que o sono é capaz de trazer, quando contei que estava muito contente com o descanso que esse tempo havia me proporcionado,ele saiu com essa:"Felicidade é ter o espírito sereno que só conseguimos quando a missão foi cumprida e muito bem cumprida. Tens o sono dos justos”. Coisa de pai que sempre acha os filhos perfeitos.Se bem que, pensando melhor, meu pai não é desse modelo, muito pelo contrário, me dava um duro danado,então, das duas uma: ou a idade está deixando o coronel Leal menos severo nas críticas ou eu realmente fui uma grande gestora dessas minhas últimas tarefas políticas e agora consigo descansar.

Voltando ao ponto de partida, os dias em Torres foram de céu azul,sol muito quente,areia branquinha e muito banho de mar.Minha nossa,foram muitos os mergulhos na água azul cristalina e de boa temperatura da Praia Grande.Esse tempo também foi salutar para reencontrar amigos queridos que fazem parte da história da minha vida.Nesse último final de semana lá, à tardinha, eu estava caminhando em direção ao calçadão e encontrei com a Bárbara e o José Júlio Babot Miranda, que são meus amigos de infância e agora vizinhos de rua em Torres.Vi o José Júlio com o braço numa tipóia, completamente imobilizado, perguntei o que tinha acontecido e a pronta resposta foi:"caí pegando onda,pegando onda nesse mar que só Torres tem!” Ele tinha recém chegado de Punta e disse que estava tão saudoso da nossa praia,que a vontade de se esbaldar na água era tanta que numa das ondas caiu de mal jeito.Mas se vocês pensam que ele estava mal por isso, que nada,a expressão era de euforia por estar em Torres.Olhei para a Bárbara pensando se aquela travessura teria recebido um pito e cheguei a conclusão que não,pois ela escutava o relato do marido com um belo sorriso estampado no rosto.Esse é o astral que Torres deixa em cada um de nós.

Nesses dias de praia conversei com a Cristina Ranzolin e com o Falcão, que tem barraca perto da minha.Gosto muito do casal e sempre aproveitamos o veraneio para colocar os assuntos em dia.Nesse meio tempo chegou o Pedro Komlós,que é um grande amigo de toda uma vida.O Pedrito, que é como o chamamos,ficou viúvo da Maria da Graça, que foi minha melhor amiga.Nossos filhos cresceram juntos, estudaram no Farroupilha e dividíamos a tarefa de levá-los ao colégio, pois morávamos muito próximas.Na praia, nossas casas eram uma na frente da outra.Gostei de vê-lo bem e saber notícias dos filhos, Fábio e Márcia,hoje médicos e morando nos Estados Unidos.Depois apareceu o Fabiano Del Rey que é filho da Tânia Carvalho e amigo da minha filha Juliana.Ele é uma figura ímpar!Disse que não entendia a minha não eleição, porque com todo mundo que falava nos meses de campanha,diziam que votariam em mim.O Fabiano e a sua esposa Márcia estão com dois filhos muito lindos, Marina e Bernardo, que são os encantos da Tânia e do Felicinho.

Em Torres,também tenho meus lugares preferidos como a Igreja, fruteira, padaria, cafeteria e o mercado.Quando chego na praia logo priorizo esses contatos.Assim é com o Instituto de Beleza Atawalpa onde faço minhas unhas.Nem sei há quantos anos sou cliente deles.O legal é que a família inteira trabalha no verão.O movimento é intenso e essa é uma maneira que eles tem de dar conta.Acho bonito ver os jovens Atawalpa pegando no batente,e olha que as gurias são duas estudantes universitárias que moram em Porto Alegre e nas férias vão para Torres ajudar os pais.O Junior,que é o filho mais velho,fez mil cursos de escovista e hoje penteia cabeças famosas da sociedade.Lá,encontro amigas de todas as partes do Rio Grande.Torres é uma praia que tem também muita gente de Caxias, Farroupilha,Santa Cruz e Bento Gonçalves.Minha turma na adolescência era quase toda de Caxias.Essa semana encontrei com a Neneca Parreira, da minha época do Colégio Bom Conselho.Foi muito bom o papo.

Meu irmão João Pedro e minha cunhada Cristina foram passar esse final de semana em Torres na casa do nossos pais.Eles haviam chegado de uma lua de mel de dez dias no México.Meu irmão, como sempre, muito preocupado e querendo saber dos meus planos profissionais.A Neca, minha irmã, e meu cunhado Cides, também estavam em Torres.Foi bom demais ficar um pouco com eles!Nesse tempo na praia eu estive todos os dias com a minha dupla preferida da melhor idade:meus pais.Passeamos e conversamos muito, o que me fez um grande bem, porque eles são pessoas muito especiais.Uma das coisas que mais me tocou foi ver a expressão de felicidade no olhar do meu pai a cada vez que debatíamos sobre a política do Rio Grande do Sul. Sim, pois mesmo nas férias não podemos perder o ritmo que nos é próprio!

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