quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

As esferas das relações

Pelo que acompanhei na imprensa, o Prefeito José Fortunati rompeu relações com o Sindicato Médico do RS. Nas entrevistas, José Fortunati foi categórico quando falou: "Não tem mais como dialogar. As relações estão rompidas, eles me atacam a todo momento". O Prefeito critica também a postura da categoria, porque muitos médicos, segundo ele, não cumprem horário de trabalho, e anuncia que uma das providências será instalar o relógio ponto.
Por outro lado, o Presidente do SIMERS, Paulo Argollo Mendes, ao tomar conhecimento das declarações do prefeito, respondeu que a entidade sempre esteve e está aberta a conversações. Argolo falou que as negociações ocorreram por cinco meses com cinco secretarias, resultando em um modelo consistente de carreira, algo inédito no Estado; diz também que a campanha da entidade tenta alertar a população para uma medida institucional. Quanto as acusações de que os profissionais não estariam cumprindo medidas de trabalho, Argolo falou: "Os médicos trabalham dia e noite a despeito da falta de condições de trabalho. Nunca ouve problema de saúde por médico faltar ao trabalho."
Sem querer entrar no mérito da discussão entre o Prefeito de POA e o presidente do SIMERS, se bem que poderia, pois conheço o Fortunati desde os tempos em que ele foi vereador e eu assessora do meu pai, vereador (e aí já se vão quinze anos), atesto que o Fortunati trabalha que nem um trator, não manda fazer, vai lá e faz acontecer. Ele é um homem público sério, dedicado e educado, mas não leva desaforo para casa. Voltando ao ponto de partida, o que mais me chamou atenção foi o desabafo do Fortunati de que o SIMERS o ataca ininterruptamente. A justificativa do Argollo foi que o sindicato quer conversar, mas essa eu não entendi, afinal por que largou uma campanha agressiva na imprensa? Ah, isso me faz imaginar que é porque sempre agiram assim, mas nunca ninguém se ofendeu. Aí é que está o X da questão. As pessoas pensam que podem tudo. É aquela velha história e hábito de fazer para um que aceita, para outro que não revida e isso passa a ser normal, até que se pega pela frente alguém que enfrenta, que sente-se ofendido pelas palavras, atitudes ou até mesmo pelo descaso e aí acontece o rompimento. São os cuidados que temos que ter na conduta de todo relacionamento que tivermos seja qual for a esfera.

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