segunda-feira, 4 de junho de 2012

PP ouve pré-candidatos à Prefeitura de Porto Alegre

 

Manuela e Fortunati tiveram 45 minutos para expor ideias para a cidade. Progressistas definem apoio em 11 de junho


O PP ouviu, no início da noite, na Câmara Municipal, as propostas dos pré-candidatos à prefeitura de Porto Alegre Manuela D'Ávila, do PCdo B, e José Fortunati, do PDT. Conforme ordem, definida através de sorteio, a comunista foi a primeira a ser ouvida. Em seguida, os progressistas analisaram as ideias do trabalhista, que tenta se manter no cargo.
Cada um teve 45 minutos para falar. A ideia foi preparar o diretório para a escolha a ser definida em pré-convenção da legenda, no dia 11 de junho. O presidente da Comissão Eleitoral progressista, Gustavo Paim, adiantou que, pelo estatuto, o voto vai ser secreto, o que torna imprevisível o resultado da consulta.

Os cem integrantes do Diretório Municipal do PP com direito a voto, incluindo a bancada de vereadores, fechada com Fortunati, acompanharam os encontros. Nos bastidores, a expectativa é de que o resultado fique em torno de 65% pró-Fortunati.

A esperada foto do encontro entre os pré-candidatos, porém, não foi registrada. Assessores do pedetista o conduziram para uma entrada alternativa do Plenário Ana Terra, na Câmara Municipal, enquanto Manuela concedia entrevista coletiva no saguão.


O que disse Manuela 
Com o uso de Power Point, Manuela enfatizou que não há decisão ideológica e sim programática para enfrentar os problemas estruturantes da cidade. Ela defendeu como necessária uma “ampla aliança política para sustentar o centro da gestão”. Entre as situações que envolvem as áreas da Saúde e da Educação, destacou que apenas 30% da população da Capital pode hoje contar com a cobertura do Programa de Saúde da Família (PSF) e que o ensino público municipal se mostra ultrapassado em comparação com o berço tecnológico em que nascem as crianças.

Sobre o desenvolvimento econômico, a argumentação foi de que a cidade ficou estagnada nos últimos dez anos em relação ao crescimento do País, com a média salarial do portoalegrense mantida em R$ 1.800 e 86% do capital de investimentos aplicado no município com origem em recursos federais. “Capitais que criaram ampla união entre partidos conseguem com mais facilidade buscar soluções e projetos. No Rio de Janeiro, as obras do Maracanã são de R$ 860 milhões, valores superiores a todas as verbas do PAC para Porto Alegre, de R$ 560 milhões”, justificou Manuela.
A comunista deixou claro que não está disposta a "barganhas políticas" para garantir o apoio do PP para a campanha. “O que nós temos a oferecer para vocês é o protagonismo político. Eu sei que os progressistas não querem cargos, mas sim colaborar no centro das ações do governo”, concluiu Manuela.







O que disse Fortunati
O pedetista afirmou que o PP deve ter o espaço ampliado na futura aliança e usou boa parte do tempo para salientar o trabalho exercido pelos progressistas na gestão atual, salientando o de Kevin Krieger, Beto Moesch e Newton Braga Rosa.

No encontro, o prefeito também falou dos prêmios que recebeu. Ele destacou vitórias em disputas de qualidade entre as administrações, assim como o prêmio da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) como Prefeito Amigo da Criança. Salientou, também, que recebeu a prefeitura com 340 crianças nas ruas. Hoje, segundo o levantamento, existem 40, que só não saem da rua porque não querem. O prefeito ainda utilizou material multimídia na apresentação.

Questionado sobre a suposta relação entre a aliança com o PP, agora, e a possível candidatura da senadora Ana Amélia Lemos (PP) ao Palácio Piratini em 2014, o prefeito disse que vê sentido, salientando que o PDT deve rever a postura adotada em nível estadual, hoje atrelada à base de Tarso Genro, inclusive com candidatura própria nas próximas eleições.

Fortunati ainda criticou a declaração de Manuela de que Porto Alegre é uma "cidade burocrática". Segundo ele, a deputada comunista não conhece o município. “ Ela está distanciada de Porto Alegre. Ela está muito em Brasília e, por isso, não conhece o modelo de gestão que é levado pelo PGQP para todo o Brasil como um exemplo”, finalizou.
                          
                           


                              



  Fonte: Voltaire Porto e Jerônimo Pires /Rádio Guaíba                                  

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