terça-feira, 17 de novembro de 2009

Bastidores de dois grandes eventos culturais da capital dos gaúchos


A imprensa toda noticiou que nesse domingo chegou ao fim mais uma edição da maior feira de livros a céu aberto da América Latina. A nossa 55ª Feira do Livro de Porto Alegre, que, por 17 dias, tomou conta da Praça da Alfândega, já deixa saudades. Até aí tudo bem e sei que vocês já sabem, mas o legal são os bastidores desses eventos, e, talvez por eu ser jornalista, observo mais esses aspectos. E vou contar aqui sobre os dois compromissos culturais que fui no domingo. Participei do cortejo de encerramento da Feira do Livro que foi marcado por muita emoção. Acompanhei o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, João Carneiro, o patrono, Carlos Urbim e o "xerife" Júlio Laporta na despedida e fomos seguidos por centenas de pessoas que cantavam os versos ”tá chegando a hora...” Com o sino na mão, o xerife abria passagem, o turbinado Urbim distribuía rosas para todos e as mulheres ficaram encantadas com aquele gesto de cavalheirismo.Tanto os colaboradores por detrás das bancas, quanto os visitantes, que, naquele momento, ainda compravam livros, aplaudiram alegres e cantaram também. Haviam pessoas fantasiadas de personagens de contos-de-fada, um artista tocando gaita, outro com violão, mais um com tamborim e bailarinas na frente, que deram um toque teatral a despedida. O fato desagradável ficou por conta de uma artista que fez questão de fazer um comentário, e se dirigindo ao ex-governador Olívio, falou: ”ninguém merece o governo aqui, né?” Fico pasma com esse tipo de atitude agressiva que mostra total desconhecimento dos acontecimentos, porque foi graças ao Governo do Estado, através da Lei de Incentivo a Cultura que várias edições da Feira do Livro foram realizadas! Só me resta lastimar esse pobre ser humano, que, num só corpo e mente, reúne duas péssimas características: maldade e burrice.

Bem, fora isso, eu confesso que meu sentimento era um misto de felicidade, por ter dado tudo certo com o projeto que recebeu R$ 700 mil da LIC, e uma tristeza, porque essa é a minha última Feira do Livro de Porto Alegre como Secretária da Cultura. Vejo nas feiras de livros um grande instrumento de acesso à cultura, e a área do livro e da leitura, particularmente, me encanta. É que eu acredito que o livro é um objeto que tem um poder imenso de despertar a criatividade e o imaginário das pessoas. E as feiras servem para democratizar mais os livros e os projetos de incentivo à leitura.

Um pouco antes do encerramento da feira, houve a premiação da 7ª edição do Fato Literário. Em uma cerimônia também cheia de emoção, tive a honra de anunciar o grande vencedor na categoria personalidade: o escritor João Gilberto Noll. Algo que me chamou atenção foi a forma descontraída como conduziram o cerimonial e como todos estavam ali imbuídos do mesmo espírito de felicidade e expectativa, muito próximos e a vontade. Após a premiação fiquei conversando com o jornalista Marcelo Rech, com quem me identifico, pois é filho de militar como eu, portanto, tivemos a mesma criação, que tem a disciplina como fator preponderante. Também nessa roda de bate papo estavam o Geraldo Corrêa, que é meu amigo acho que há uns trinta anos, e gosto demais dele, o diretor da TVCOM , Eurico Meira, que conheci mais recentemente e fiz uma boa amizade, e também as “gurias”: Claudia Laitano, minha colega de academia nas “madrugadas”, finais de semana e feriados, que é quando conseguimos malhar com maior dedicação, e Rosane Oliveira, que conheço desde quando fui assessora do meu pai na Câmara de Vereadores de POA, e de lá para cá muito contato e diálogo continuamos tendo, em função da área política e jornalística, o que estreitou a nossa amizade, e que ali no círculo, contou, que, depois de muitas atrapalhadas, aprendeu agora a twittar do seu celular (acho até que vou ter que fazer umas aulas com ela porque ainda estou na fase do teclar errado e deletar as mensagens...).

Enfim, foi excelente, e saí de lá com a sensação de que o melhor de tudo na minha vida política são as pessoas que conheço e as amizades que faço, sendo que algumas ficam guardadas de forma muito especial no coração e para sempre.

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