domingo, 6 de março de 2011

Aprendizado

Então, você se dispõe a viver a vida? Foi essa a pergunta que meu pai me fez no sábado à noite, quando conversávamos na varanda da casa dele. Parece que esse tempo de descanso e lazer que me dei teve um efeito tão benéfico, que as pessoas que convivem comigo fazem questão de exteriorizar a sua aprovação. Sim, eu estou cuidando de mim, foi o que respondi. É um projeto de vida simples, e é óbvio que sigo a risca. Claro que isso chama atenção das pessoas, afinal, estamos numa época em que a ansiedade, a urgência e a necessidade de querer ser-ter-acontecer se tornaram quase que uma obsessão. Impossível olhar para trás e não sentir gratidão por tantas coisas boas que me aconteceram, pessoas maravilhosas e lugares interessantes que conheci, mas me divirto quando lembro do meu sentimento de onipotência em, por exemplo, querer solucionar os problemas dos municípios gaúchos que buscavam minha ajuda. Sempre impulsionada em ver o meu Rio Grande do Sul bem, foram muitas as vezes em que parei tudo o que estava fazendo na minha secretaria para acompanhar comitivas do interior em diferentes áreas do governo. Tenho que rir da minha pressa de sempre querer resolver tudo. Esse delicioso tempo que me dei, mostra que não há atalhos para o aprendizado, e que em qualquer estado ou situação em que nos encontramos, estamos aprendendo. A gente precisa, sim, passar por tudo e viver de corpo, alma e coração cada experiência - boa ou má - o mais intensamente possível.

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