segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O preço da vaidade

Sobre o escândalo das próteses mamárias adulteradas envolvendo duas marcas estrangeiras PIP ou Rófil, chega em boa hora a decisão da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de tornar mais dura a entrada dos produtos no mercado brasileiro. A agência reguladora vai exigir teste de qualidade, lote a lote, dos implantes de seio antes de liberar a venda. A ideia começou a ser colocada em consulta pública em meados de janeiro, com a publicação no Diário Oficial da União, e vai até 16 de fevereiro deste ano. Nesse período a população pode opinar sobre a proposta. É que para conseguir o registro de uma prótese mamária no Brasil, a fabricante só precisa apresentar um certificado de qualidade e de conformidade com as normas, não é cobrado teste das próteses. Pela nova regra, será obrigatório o exame do produto por laboratórios nacionais, indicados pela Anvisa e com aval do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), para conseguir autorização de venda.
De acordo com a agência reguladora, o Brasil será o primeiro país a cobrar o teste de próteses para seios, o que servirá para atestar as informações apresentadas pelo fabricante no momento do registro do produto. No prazo de um mês, a ANVISA irá apresentar também plano para monitorar as próteses vendidas hoje no país.
O Ministério da Saúde e as entidades nacionais de cirurgia plástica e mastologia definiram  o atendimento às brasileiras com implantes das marcas francesa PIP e holandesa Rofil, como exames para constatar ruptura da prótese e os hospitais públicos prestando o serviço.


Aproveitando esse caso das próteses, no que diz respeito a seu uso estético e não reparador (em caso de melhorias, após um cancêr de mama, por exemplo), penso que está na hora de nós mulheres fazermos uma profunda reflexão sobre a vaidade.  Até onde ela se faz necessária?
Claro que é  saudável ter vaidade e a defendo com garra, porque faço parte do grupo de mulheres que cuida da aparência, até mesmo quando está em casa, mas dentro da normalidade, sem a neurose da busca da perfeição ou eterna juventude.
Ora, ora, tem coisa mais horrível do que ficar parecendo uma boneca de cera e perder a expressão depois de várias plásticas?
Quanto ao uso do silicone, na minha opinião, a coisa tomou proporções exageradas, pois tem gente colocando seios artificiais como quem veste uma roupa, ou faz luzes no cabelo. Cabe aos médicos analisarem a real necessidade das pacientes e essas devem refletir nas conseqüências, afinal, são procedimentos cirúrgicos e existe possibilidade de riscos de vida. Não dá para alguém se expor a todo tipo de risco.
É impressionante a quantidade de mulheres que buscam esse procedimento em prol da dita beleza e perfeição e mais grave ainda são as meninas de 17 e 18 anos apoiadas por familiares.

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