sexta-feira, 27 de maio de 2011

Planeta Casa

 
Trabalhando na rádio Pampa em horário nobre da comunicação, das 6 às 8h da manhã no programa Pampa Bom Dia, tenho agora uma alvorada de soldado. Acordo às 5h e meu tempo é exatamente cronometrado para um banho, o café e conferir os jornais. Às 9h, encerro meu trabalho e tenho o resto do dia livre - só meu - e cada um dos dias da semana é preenchido com as coisas que eu gosto de fazer. O interessante é que essa nova rotina me transmite algo, uma impressão diferente, um aprendizado. Uma delas é a de reconhecer que minha casa é o meu planeta. Moro num lugar leve que tem uma brisa abençoada que faz a cortina dançar, o cheiro de verde está por perto, a luz do sol entra timidamente pela porta da salinha de televisão e na janela do meu escritório. Escuto o canto dos passarinhos e vejo a Frida e o Dimas, nossos cachorros, brincarem no pátio. A maravilhosa Gilda que cuida da casa e de mim com extrema dedicação foi um presente dos céus, quase, porque na verdade foi  meu irmão João Pedro que me cedeu a Gilda - ela trabalhou muitos anos com ele. Acho que vou passar o resto da vida em dívida com o João Pedro! Quando chego da rua e vejo esse cenário, me dá vontade de ficar descalça e simplesmente curtir a casa. O meu trabalho na comunicação requer mesmo uma sensibilidade aguçada e é melhor ativada quando me deixo levar pelas sensações que o lugar proporciona, então, eis aqui uma confissão: tiro os sapatos, me atiro no sofá da salinha que dá para o jardim, escuto minhas músicas preferidas e fecho os olhos para sentir a leveza do meu planeta casa.

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