segunda-feira, 16 de maio de 2011

Para minha filha

Trinta e cinco anos atrás. Eu era apenas uma menina com mil perguntas, todas sem respostas. Vivia ajeitando o vestido, que teimava em ficar mais curto, acomodando a imensa barriga que eu exibia com orgulho. Na manhã do dia 16 de maio, senti as dores do parto, a dilatação, a força ansiosa e nasceu Juliana, minha primeira filha. Ah, como eu me senti realizada! Fiquei extasiada com a beleza do ser pequenino que tomava conta de todo o meu coração. Lembro da sensação de colocar a mão no rostinho dela. Foi nosso primeiro toque. Eu pensei: "Quero ser sua melhor amiga." Foi um momento mágico, onde selamos nossa conexão para toda a vida. Lembro a primeira mamada, a ida para casa e o primeiro banho, uma rotina deliciosa que sempre fiz com prazer. A cada dia, ela era mais minha, embora eu soubesse que teria que prepará-la para o mundo: a escola, os amigos, o primeiro namorado, a escolha de uma profissão, o trabalho, o amor, o casamento e os filhos.
Agora, mais do que nunca , sei que meu desejo de sermos amigas tornou-se uma realidade forte e definitiva. Está no nosso olhar e nas nossas conversas. Ainda hoje, quando beijo o rosto dela, sinto essa troca, sinto a força desse amor de mãe e filha amigas.
Feliz aniversário, Juliana, e que tu continue sendo esta pessoa maravilhosa que eu tive a felicidade de pôr no mundo.
Minha filha Juliana

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