domingo, 27 de fevereiro de 2022

Escola sem máscara

Nova regra relativa ao uso de máscaras pelas crianças. Está no Decreto do governo do Estado publicado no Diário Oficial: É recomendado o uso para crianças de 6 a 12 anos e a obrigatoriedade fica somente para crianças acima de 12 anos.
Venho me manifestando sobre o assunto, inclusive me pronunciei em plenário esta semana. Compartilho minha opinião.

Escola sem máscara

Nossas crianças representam a faixa etária com maior vigor para combater o vírus da Covid19 e menos complicações da doença, porém têm sido muito prejudicadas por situações decorrentes da pandemia. O que me refiro é o prejuízo vindo de restrições que fazem mal para a vida da criança no aspecto social e cognitivo. As máscaras no ambiente escolar por exemplo, precisam ser afastadas. Crianças precisam sorrir, se expressar, e isto não pode estar escondido. É preciso buscar padrões sensatos. Em Porto Alegre, o Prefeito Melo lançou decreto revestido de bom senso, que trouxe a exigência do uso apenas a partir dos 12 anos. Porém, regra estadual determinou que a medida seja para os pequenos a partir de 3 anos. Ora, isto merece repúdio. Nossas crianças não são robôs. Não devem se habituar a ter camuflada sua expressão facial, e assim sua alegria ou sua tristeza. Nossas crianças precisam de liberdade para estar com seus rostinhos descobertos, o que facilita a comunicação e, por conseguinte, a compreensão e o aprendizado.

Não se pode tratar deste assunto como se fosse periférico, ou de menor relevância. A vivência da infância não voltará. O aprendizado nesta idade é a base do ser humano e não podemos errar nas escolhas. Façamos uma corrente de esforços para acabar com essa exigência descabida de máscaras no ambiente escolar, em especial nas salas de aula e ambientes abertos. Caso contrário, as consequências se apresentarão mais à frente, com uma geração prejudicada pela falta de sorrisos aparentes e falta de comunicação clara.

Não há como negar que a pandemia deixou um lastro de mortes e dor enorme no mundo, mas muito medo foi semeado pela mídia e redes sociais pelo exagero na forma de veicular informações. Já sabemos que não podemos compactuar com medidas que são desproporcionais aos objetivos desejados. Nosso País dependerá de nossas crianças amanhã, mas suas relações sociais e capacidade de aprendizado estão sendo desprezadas hoje. O futuro está nas mãos delas e aos gestores recai muita responsabilidade. A educação está em perigo.

Mônica Leal- Jornalista e vereadora





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