terça-feira, 17 de abril de 2018

Inicio, meio e fim

Cada vez mais reforço a minha crença de que falar em público é mesmo uma arte.
Há muito tempo frequento os mais variados tipos de eventos, sejam políticos, sociais, comemorativos, de premiações ou de homenagens, e, por este motivo, já fui público para centenas de pronunciamentos, feitos dentro de diversas condições, boas e ruins.
Digo isso, porque em sua grande maioria, os discursos são longos demais, muitas vezes inapropriados para um ambiente sem conforto, onde, depois de um dia longo de trabalho, assistimos as falas em pé, sem ter onde sentar.
Olhamos a nossa volta e vemos idosos se aguentando para não esmorecer e manter a atenção.
Às vezes, dependendo da estrutura e formato da ocasião, os demais escalados a discursar ficam ali, ouvindo aquele que tomou o microfone para não soltar tão cedo, tomado pela emoção ou querendo resumir toda sua vida naquele pronunciamento.  
Nessas horas, onde deveríamos estar atentos às falas, as mesmas também nos dão margem a divagar e voar o pensamento.
No meu caso, as comportas do tempo se abrem e costumo lembrar de quando eu acompanhava meu pai nos comícios políticos.
Muito curiosa, eu perguntava sobre tudo e todos e recebia dele assertivas que ficaram como lições para minha vida pública, como o seguinte: discursos devem ter início, meio e fim. Deve-se colocar no papel aquilo que se quer falar, ou fazer um roteiro. Até sermão de padre deve estar no papel
Não esqueço estes princípios e tento segui-los, pois observo na prática que os bons discursos são os feitos no tempo certo e com conteúdo focado no que o momento em questão solicita. 
E tenho dito!


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