quarta-feira, 18 de maio de 2016

Guardiões da nossa história

Museus são campos de convívio, espaços de diálogo e inclusão social. Instituições a serviço da sociedade e de suas frequentes transformações. Por isso, mesmo sendo espaços que guardam o tempo, não podem, jamais, parar no tempo. 
O Rio Grande do Sul é um Estado de tradição na área museológica. Deu base para a construção de uma política pública nacional para o setor e nossas instituições somadas, configuram a maior média per capita do Brasil. Também, a maioria dos museus gaúchos oferecem gratuidade de entrada, ou seja, nos convidam ainda mais a visitá-los.
Quantos brasileiros, em viagens para fora do país, enfrentam longas filas, aguardando para adquirir um ingresso e entrar em um museu famoso?
Relembro o meu período como Secretária da Cultura do Estado e das ações que foram feitas no primeiro ano da gestão, em 2007, decisivas para a continuidade das atividades de três museus vinculados à pasta.
No Museu Julio de Castilhos foram executadas obras urgentes de manutenção da estrutura, revitalização e pintura internas e replanejamento da museografia. 
No Museu de Comunicação Hipólito José da Costa foi possível recuperar o projeto que havia perdido prazos e recursos na gestão anterior e iniciar as reformas pelo programa Monumenta do Ministério da Cultura.
No Museu de Arte do Rio Grande do Sul, uma parceria imediata com o Banrisul resolveu o problema crônico das instalações de ar-condicionado, o que permitiu a realização da Bienal do Mercosul e das demais exposições, inclusive internacionais, que não ocorreriam caso não houvesse condições de climatização.
O 18 de maio, Dia Internacional dos Museus e as semanas alusivas em seu entorno, ambos propostos pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM), este ano com o tema “Museus e Paisagens Culturais”, tem como objetivo valorizar os museus brasileiros e intensificar a relação dos mesmos com a sociedade. Cabe ressaltar a importância do tema para a compreensão do patrimônio integral, da biodiversidade, da relação do homem, sua história, memória e atuação no meio ambiente.
Urge alertar os gestores para que se proponham a novos desafios a serviço da educação e que não esmoreçam na busca permanente pela sustentabilidade dessas casas, zeladoras da expressão humana.






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