sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Cultura sem internet


Por ser jornalista e estar sempre em dia com os assuntos que me interessam e que precisam ser comentados, e nesse caso, por ter exercido o cargo de secretária de Estado da Cultura, publico o comentário que fez o jornalista José Luiz sobre nota da coluna de Rosane Oliveira de ZH do dia 26 e o retorno que enviei a ele .
O Prévidi exerce o jornalismo há 34 anos, é escritor e tem no seu blog sobre comportamento, política, economia, meios de comunicação e humor, um espaço de comunicação direta muito acessado e de leitura diária obrigatória, na minha opinião.

 


Segunda, 26 de novembro de 2012 - parte 2

SAUDADE DA MÔNICA LEAL??!!

Lembram o que era criticada a então secretário de Cultura do RS, porque, entre outras coisas, ela controlava as ligações interurbanas pelos funcionários?
Para parte da "intelligentsia gaudéria" a Mônica não podia ser secretária.
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Aí leio hoje na Zero Hora, na Página 10:

Por falta de pagamento, pelo menos três instituições ligadas à Secretaria Estadual da Cultura estão sem internet há duas semanas.
O problema atinge o o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), o Instituto Estadual do Livro (IEL), e o Centro de Desenvolvimento da Expressão (CDE).
A Casa de Cultura Mario Quintana também está sem internet pelo mesmo período, mas a direção garante que ali o motivo são problemas técnicos.

Em nota enviada ontem à coluna, a Secretaria Estadual da Cultura disse que está em negociação com a empresa que presta serviços de internet e telefonia à pasta, a Oi, para renegociar o pagamento de itens em atraso e restabelecer a rede o mais rápido possível.
Segundo a Assessoria de Imprensa, o valor total da dívida e o período de atraso nas contas só poderiam ser informados hoje.
A secretaria admite a falta de recursos. Como os gastos com custeio são maiores do que a verba disponível, a pasta é obrigada a manter uma negociação permanente com os prestadores de serviço para garantir a continuidade dos atendimentos.
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Que feio, né?
Mas o atual secretário da Cultura, Luiz Antonio de Assis Brasil, é uma unanimidade!!
Nem é citado na matéria.

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Caro amigo Prévidi,

essa notícia que saiu na coluna da Rosane Oliveira em ZH e que tão bem divulgaste no teu blog, me fez relembrar o quanto nos empenhamos na gestão 2007/2010 da secretaria de Estado da Cultura para que situações como esta não acontecessem. 
Devido a visão muito preocupada com o saneamento econômico do Estado da governadora Yeda Crusius, na SEDAC o rumo foi o mesmo e uma das primeiras medidas foi a redução dos custos de telefonia no gabinete e nas mais de trinta instituições vinculadas à pasta, que era absurdo.
Um dos trunfos do governo Yeda foi o resgate da credibilidade do Estado em relação a pagamentos em dia aos seus fornecedores.
Pelo jeito a porteira abriu novamente, vide a informação da própria SEDAC de que os gastos com custeio são maiores do que a verba disponível, matemática que sabemos não dar certo nem na economia doméstica.
Mas infelizmente, o orçamento para a Cultura é mesmo vergonhoso. 
Abaixo, resgatei o relatório de 2007 com outras medidas importantes que tomamos.
Um grande abraço, Mônica Leal


Relatório 2007
Ações da Secretaria de Estado da Cultura/ SEDAC – órgão central e instituições vinculada


Ações Estruturais

Estudo e proposta de novo organograma para reestruturação administrativa da Secretaria de Estado da Cultura/ SEDAC nos diversos níveis hierárquicos. O modelo aprovado racionaliza os cargos e atividades, bem como otimiza a ocupação dos mesmos, compatibilizando com a meta do Governo do Estado em padronizar todas as Secretarias.

Reestruturação emergencial do Sistema LIC através de adoção de nova regulamentação - IN  01/2007- associada à adoção de novas metodologias na informática para protocolar projetos. Medidas saneadoras, na busca de mitigar o passivo dos anos anteriores e resgatar a operacionalidade e credibilidade do sistema.

Procedimentos administrativos, formalizações de pedidos e justificativas, buscando a viabilização de mudança para o CAFF. Estudo de layout com adaptação do programa de necessidades, estrutura de pessoal ao espaço oferecido, junto ao 19º andar.
Realocação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado/ IPHAE e do Instituto Estadual de Cinema/ IECINE do 21º andar para o 19º andar do CAFF e do Instituto Estadual de MúsicaIEM para a Casa de Cultura Mario Quintana.

Transferência da Biblioteca Pública do Estado, a qual ficou estabelecida provisoriamente na Casa de Cultura Mario Quintana até que o prédio histórico, sede original, seja totalmente restaurado pelo Programa Monumenta do Ministério da Cultura.

Redução do custeio administrativo da SEDAC a partir do uso racional de telefones, luz e água. Reciclagem de papel de expediente a fim de permutar por outros.

Estudo de legislação e proposta de minuta de Decreto que altera a Comissão do Acervo da Ditadura, passando a responsabilidade ao Arquivo Histórico do Estado, tornando o acervo objeto de estudo técnico e não político. O referido acervo passou a ser disponibilizado em horários mais flexíveis e com acompanhamento de técnico especializado em história.

Implantação do LIC Denúncia. Dentro das propostas saneadoras para a Lei Estadual de Incentivo à Cultura, objetivou-se o acesso ao site da LIC, onde podem ser denunciadas anonimamente, irregularidades transcorridas em projetos culturais financiados pelo Governo. Nos primeiros  meses de funcionamento, o LIC Denúncia já apresentou resultados efetivos, recebendo cerca de 25 denúncias. A coordenação da LIC após checar a veracidade das informações pôde baixar uma diligência ou, em casos mais graves, encaminhar o caso à Procuradoria Geral do Estado.

Instalação efetiva de ar-condicionado no Museu de Arte do Rio Grande do Sul/ MARGS que permitiu a utilização do espaço para a 6ª Bienal do Mercosul.

Obtenção de patrocínio junto ao Banrisul para apoiar atividades culturais da Casa de Cultura Mario Quintana, inclusive a continuidade do funcionamento da Cinemateca Paulo Amorim.

Reabertura ao público do Museu Júlio de Castilhos com o conserto total do telhado, repintura interna e concepção de nova museografia para exposições de cunho histórico.

Obtenção de sede definitiva para o Museu Antropológico, que ficaria estabelecido no antigo Fórum da Tristeza, permitindo um acesso direto ao pesquisador e aos estudantes, por que até aquele, estava localizado no 10º andar do Edifício Santa Cruz. 

Colocação de 28 câmeras de vídeo em circuito interno e externo (na Travessa dos Cataventos) visando otimizar a segurança na Casa de Cultura Mario Quintana.

Após a implementação de todas as medidas de redimensionamento, otimização, operacionalidade e saneamento administrativo e financeiro do Sistema LIC, cumpre registrar a liquidação total do passivo, em dezembro de 2007, acumulado em anos anteriores e  que no início da gestão contava R$14 milhões de reais.

Transferência da sede da SEDAC para o Centro Administrativo Francisco Ferrari, prevista para 11/12/07, o que resultou em uma economia mensal de R$40.000, entre aluguel e manutenção do Solar Palmeiro.








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