domingo, 10 de janeiro de 2010

Dez dias em Torres e estou refeita!

Com sol ou chuva, eu aproveitei com tamanha intensidade esses dias na praia que agora me sinto nova em folha, pronta para voltar ao batente. Emoções positivas de alta energia, como a alegria de rever pessoas e locais que fizeram parte da história da minha vida, de ser dona do meu tempo e de refletir, fortaleceram meus recursos intelectuais, físicos e sociais, criando reservas que poderei lançar mão quando for necessário. Hoje levantei muito cedo e fui caminhar, queria me despedir de Torres. Retomo as atividades no governo e na cultura amanhã. Soube através de um e-mail da Carla que é minha Chefe de Gabinete, fiel escudeira de muitas lutas nesses últimos anos, que a semana é de agenda lotada. Ela avisou que tem audiências na lista de espera. Tirar uns dias de folga tem esse componente complicador: na volta tem acúmulo de trabalho. Mas tudo bem, nada que eu não possa colocar em ordem em poucos dias. No final da manhã passei na casa dos meus pais. No terreno são duas casas que tem comunicação por um portão no jardim. É que tem a casa velha (como chamamos a primeira casa) e a casa nova, que foi construída há uns sete anos. Eu explico: a casa velha é para os filhos com suas famílias e a casa nova é só para os meus pais, salvo se eles convidarem algum filho ou neto. Quando os meus irmãos e irmãs começaram a se separar e casar de novo, ampliando e renovando a família, meu pai achou por bem criar um ambiente mais tranqüilo e, ao mesmo tempo, próximo de todos, pois, assim, quando ele quer o silêncio, se retira para a casa ao lado. Na casa velha tem uma varanda de ladrilhos, rede, cadeiras, bancos e mesa. Nos anos 70, quando éramos adolescentes, esse era o nosso local preferido. Ali escutávamos música, jogávamos carta e Banco Imobiliário, ao mesmo tempo em que acompanhávamos a movimentação da rua, com os carros e bicicletas passando. E, quando chovia, ocupávamos a garagem que, com o passar dos anos e da necessidade de abrigar a gurizada, acabou transformando-se numa sala garagem. Nas tardes do veraneio meus primos e amigos também iam para lá e jogávamos War até a hora do jantar. Meus pais sempre fizeram questão de receber os amigos dos filhos. Depois que me tornei mãe, entendi que essa é uma medida inteligente na educação dos filhos, pois, assim, se sabe com quem andam e o que fazem.
Amanhã eu continuo a escrever sobre Torres, porque as lembranças são muitas!

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