sábado, 25 de abril de 2020

Sobre Bolsonaro e Moro

Escutei as duas coletivas de imprensa. Primeiro, a do ex-ministro Sérgio Moro e, depois a do presidente da República, Jair Bolsonaro. Analisei tudo. Nunca tinha visto um ministro sair atirando num presidente. Reforcei minha opinião: quem aceita um cargo deste nível sabe que existe uma liturgia a seguir e um comportamento esperado, além de afinidades e da boa convivência política com quem lhe deu confiança. O ex-ministro Moro denunciou vários fatos contra o Presidente Bolsonaro. Ora, Moro é um jurista, sabe exatamente a consequência de cada palavra que falou. Entregou suas “provas” à imprensa. Na minha opinião, não foi um comportamento ético. Vou rezar para que o Presidente da República seja inocente das acusações e, se for culpado, que ele seja responsabilizado. Não gostei das atitudes do Moro, justo ele que sempre defendeu valores como a ética.
Numa análise mais dos perfis e não dos fatos, Moro, um juiz, que, por ofício, toma decisões solitárias, não tem amarras com a hierarquia, tem pouca noção de trabalho em equipe e não vê a necessidade de se reportar a quem quer que seja sobre o andamento de seus trabalhos. Não tem costume de obedecer ordens e a última palavra é a sua. Do outro lado, Bolsonaro, de origem militar, preza a hierarquia, e também a honra, a lealdade, a disciplina. Sabe que ordens de Chefe são para ser cumpridas, como bem disse em seu pronunciamento. Escalou sua equipe e quer retorno. Ele está certo.

Leal a Porto Alegre. Leal a você.


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